quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Identidade dos Espíritos



Identidade dos Espíritos

Olá a todos,  gostaríamos que refletissem a respeito de algumas questões:

O que realmente representa o Nome e Aparência de um espírito?
Podemos julgá-lo pela sua Aparência ou seu Nome?
Por que damos tanta importância as estes dois itens?
O que realmente importa é o propósito pelo qual este espírito trabalha, seja ele João, Emannuel, José ou Bezzera... Ou que se apresente como Doutor, Preto velho, Índio ou Poeta...
O que realmente importa é o trabalho para a Caridade, o Bem, o Amor, a Paz e o Crescimento de todos.

Reunimos aqui algumas lições deixadas por Allan Kardec.

L. E.
76. Que definição se pode dar dos Espíritos?
“Pode dizer-se que os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Povoam o Universo, fora do mundo material.”
NOTA - A palavra Espírito é empregada aqui para designar as individualidades dos seres extracorpóreos e não mais o elemento inteligente do Universo.

88. Os Espíritos têm forma determinada, limitada e constante?
“Para vós, não; para nós, sim. O Espírito é, se quiserdes, uma chama, um clarão, ou uma centelha etérea.”

93. O Espírito, propriamente dito, nenhuma cobertura tem, ou, como pretendem alguns, está sempre envolto numa substância qualquer?
“Envolve-o uma substância, vaporosa para os teus olhos, mas ainda bastante grosseira para nós; assaz vaporosa, entretanto, para poder elevar-se na atmosfera e transportar-se aonde queira.”
Envolvendo o gérmen de um fruto, há o perisperma; do mesmo modo, uma substância que, por comparação, se pode chamar perispírito, serve de envoltório ao Espírito propriamente dito.

95. O invólucro semimaterial do Espírito tem formas determinadas e pode ser perceptível?
“Tem a forma que o Espírito queira. É assim que este vos aparece algumas vezes, quer em sonho, quer no estado de vigília, e que pode tomar forma visível, mesmo palpável.”

Informações colhidas no Livro dos Espíritos – part. II - cap. I.


L. M.
255. A questão da identidade dos Espíritos é uma das mais controvertidas, mesmo entre os adeptos do Espiritismo. É que, com efeito, os Espíritos não nos trazem um ato de notoriedade e sabe-se com que facilidade alguns dentre eles tomam nomes que nunca lhes pertenceram. Esta, por isso mesmo, é, depois da obsessão, uma das maiores dificuldades do Espiritismo prático. Todavia, em muitos casos, a identidade absoluta não passa de questão secundária e sem importância real.
Julgam-se os Espíritos, como os homens, pela sua linguagem. Se um Espírito se apresenta com o nome de Fénelon, por exemplo, e diz trivialidades e puerilidades, está claro que não pode ser ele. Porém, se somente diz coisas dignas do caráter de Fénelon e que este não se furtaria a subscrever, há, senão prova material, pelo menos toda probabilidade moral de que seja de fato ele. Nesse caso, sobretudo, é que a identidade real se torna uma questão acessória. Desde que o Espírito só diz coisas aproveitáveis, pouco importa o nome sob o qual as diga.

A questão da identidade é, pois, como dissemos, quase indiferente, quando se trata de instruções gerais, uma vez que os melhores Espíritos podem substituir-se mutuamente, sem maiores conseqüências. Os Espíritos superiores formam, por assim dizer, um todo coletivo, cujas individualidades nos são, com exceções raras, desconhecidas. Não é a pessoa deles o que nos interessa, mas o ensino que nos proporcionam. Ora, desde que esse ensino é bom, pouco importa que aquele que o deu se chame Pedro, ou Paulo. Deve ele ser julgado pela sua qualidade e não pelas suas insígnias. Se um vinho é mau, não será a etiqueta que o tornará melhor. Outro tanto já não sucede com as comunicações íntimas, porque aí é o indivíduo, a sua pessoa mesma que nos interessa; muito razoável, portanto, é que, nessas circunstâncias, procuremos certificar-nos de que o Espírito que atende ao nosso chamado é realmente aquele que desejamos.

Eis aqui o conselho que a tal respeito nos deu São Luís:
"Qualquer que seja a confiança legítima que vos inspirem os Espíritos que presidem aos vossos trabalhos, uma recomendação há que nunca será demais repetir e que deveríeis ter presente sempre na vossa lembrança, quando vos entregais aos vossos estudos: é a de pesar e meditar, é a de submeter ao cadinho da razão mais severa todas as comunicações que receberdes; é a de não deixardes de pedir as explicações necessárias a formardes opinião segura, desde que um ponto vos pareça suspeito, duvidoso ou obscuro."

Algumas dicas colhidas do Livro dos Médiuns quanto a identidade dos espíritos:

Não há outro critério, senão o bom-senso, para se aquilatar do valor dos Espíritos. Absurda será qualquer fórmula que eles próprios dêem para esse efeito e não poderá provir de Espíritos superiores.

Apreciam-se os Espíritos pela linguagem de que usam e pelas suas ações.
Estas se traduzem pelos sentimentos que eles inspiram e pelos conselhos que dão.

Os Espíritos superiores usam sempre de uma linguagem digna, nobre, elevada, sem eiva de trivialidade; tudo dizem com simplicidade e modéstia, jamais se vangloriam, nem se jactam de seu saber, ou da posição que ocupam entre os outros. A dos Espíritos inferiores ou vulgares sempre algo refletem das paixões humanas. Toda expressão que denote baixeza, pretensão, arrogância, fanfarronice, acrimônia, é indício característico de inferioridade e de embuste, se o Espírito se apresenta com um nome respeitável e venerado.

Não se deve julgar da qualidade do Espírito pela forma material, nem pela correção do estilo. É preciso sondar-lhe o íntimo, analisar-lhe as palavras, pesá-las friamente, maduramente e sem prevenção. Qualquer ofensa à lógica, à razão e à ponderação não pode deixar dúvida sobre a sua procedência, seja qual for o nome com que se ostente o Espírito.

Os bons Espíritos só dizem o que sabem; calam-se ou confessam a sua ignorância sobre o que não sabem. Os maus falam de tudo com desassombro, sem se preocuparem com a verdade. Toda heresia científica notória, todo princípio que choque o bom-senso, aponta a fraude, desde que o Espírito se dê por ser um Espírito esclarecido.
Informações colhidas no Livro dos Médiuns – Cap. XXIV.

Depois destas informações deixadas por Allan Kardec na codificação, livros estes que nos norteiam, não nos resta duvidas que não devemos julgar ou até mesmo condenar um espírito pela sua aparência e nem pelo seu nome, este preconceito deve ser abolido das casas espíritas, todos que se aproximam em nome do criador para a pratica do bem são bem vindos, seja ele um preto velho, um poeta, um índio, um medico, um guardião ou qualquer outro... Deve-se considerar o espírito de acordo com os ensinamentos passados por Kardec pelo propósito do trabalho.

Que possamos nos guiar pelo Bom Senso, e receber a todos os espíritos que se achegam até nossas casas para realizarem seus trabalhos de assistências e deixarem suas mensagens.

Que a Luz dos Espíritos que militam no Bem possam iluminar a todos nós.

Casa Espiritual Amor e Luz

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