quarta-feira, 20 de junho de 2012


Pare de reclamar do Trabalho!!!

Parte II
Paulo foi um desbravador, um pioneiro que enfrentou a fúria de seu tempo, as lideranças pagãs de um sistema que, hoje, já viu muito de sua força se esvair. A civilização contemporânea, a organização social que conhecemos, no que tange à religião, e mesmo à política, na minha modesta opinião, deve sua existência à força de trabalho do guerreiro Paulo de Tarso. Foi ele um dos que mais influenciou o mundo ocidental com a atuação e o exemplo de perseverança que ofereceu, além da dedicação inquebrantável àquilo em que ele acreditava e às verdades relativas que pregou em seu tempo. Colhemos na modernidade os frutos de um trabalhador notável, um bandeirante que soube utilizar os instrumentos que Deus lhe deu e multiplicar os resultados por meio da perseverança e da dedicação.
Observo, com bastante frequência, aqueles que assumiram alguns compromissos, às vezes a liderança de algum projeto, uma empresa ou qualquer outro empreendimento. Noto como costumam resmungar, sobretudo os que dirigem tais tarefas, reclamando que tem de deixar certas regalias, certos costumes e mesmo algumas situações de fato importantes para si, em função do compromisso maior – o trabalho -, que se afigura prioritário. Mas quero ponderar, lembrando que, no mundo, não podemos ter tudo o que desejamos; desconheço quem, entre os mortais, possa ter e administrar tudo o que quer, simultaneamente, sem abrir mãos de alguma coisa.
Quando consideramos o trabalho profissional e o trabalho espiritual, aí sim, temos de convir que não há como conciliar muitas coisas que, aos olhos do sistema em que estamos inseridos, parecem normais e comuns. De fato, faz-se necessário abdicar de diversas coisas de que gostamos e que julgamos importantes: às vezes, sacrificam-se o lazer, a diversão, o esporte ou alguns momentos de vida social em função do ideal, do trabalho que administramos, abraçamos e nos foi confiado. Como se sabe, não há mais do que 7 dias na semana nem mais do que 365 dias do ano. Dessa forma, a dedicação a uma empresa, a uma tarefa de caráter espiritual ou a um ideal inevitavelmente ocupará a maior parte de nossas horas, nossas forças e nosso dia a dia. E não digo que estejamos perdendo tempo; pelo contrario, estamos investindo-o, e não só o tempo, mas também a vida, as energias e a juventude de que dispomos em algo muitíssimo maior do que podemos aquilatar.
Se, por um lado, semelhante empreitada exige dedicação integral e perseverança de nossa parte, por outro, pode nos ensinar a abrir mão ao menos de uma parcela da rebeldia que carregamos, visando encontrar prazer e satisfação no exercício mesmo de nossa ocupação. Se porventura nos vemos impelido de frequentar o meio social apreciamos em função das atividades de frequentar o meio social que apreciamos em função das atividades assumidas, descubramos, durante sua execução, um método diferente e mais agradável de nos relacionarmos uns com os outros. Caso não consigamos praticar o esporte que gostaríamos devido à necessidade de dedicar-nos ao ideal e às obrigações, que reclamam maciça aplicação de tempo e de forças, procuremos transformar os momentos de labor em algo o mais agradável possível – sabendo, é claro, que tudo no mundo demanda esforço, investimento e persistência. E não adianta rebelar-nos contra esse sistema. Nossa revolta, rebeldia ou insubordinação serão inócuas e apenas nos farão, aos olhos de quem convive conosco, pessoas amargas, intragáveis; insuportáveis, muitas vezes.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Pare de reclamar do Trabalho I


A DISTRAÇÃO MAIS BELA: O TRABALHO!
Há diversas formas de distração. Umas, boas, elegantes, simples; outras, complicadas, complexas, de caráter bastante duvidoso.
Muitas vezes nos distraímos do objetivo ou do ideal que nutrimos devido a situações e atitudes que nos levam a caminhos tortuosos, adiando nossa satisfação e nossa meta espiritual. Aí está uma forma muito comum de autossabotagem: estabelecer metas a serem alcançadas na vida, em qualquer âmbito, e desviar-se da rota pelo atalho, pelo percurso mais curto, através de escolhas que abortam o próprio empreendimento.
Quanto a mim, que estou aprendendo a seguir as pegadas de Cristo, tenho meditado na força e no poder do trabalho. Mas não falo somente do trabalho profissional, a que quase todos se dedicam para o progresso e a manutenção de sua vida social e familiar. Refiro-me ao trabalho em sua acepção mais ampla, da influencia que traz sobre seu futuro e sua vida, em todos os ambitos, bem como naquilo que acarreta formação da sociedade. Trabalhar, trabalhar de verdade – não apenas  como pretexto para qualquer coisa, como alguns fazem, nem como uma mascara que  visa esconder a ociosidade através de subterfúgios e de movimentação improdutiva, de alguma atitude que, no fundo, apenas bloqueia a capacidade de produzir; crescer e amar.
Ao empreendermos uma tarefa qualquer, seja na esfera da espiritualidade ou das questões de ordem puramente socioeconômica e material,  temos de considerar que a força do trabalho é tão grande que pode ser medida e vir a aumentar na mesma proporção com que preservamos em nossos esforços. Ou seja, é preciso trabalhar com o espírito da perseverança, sem desanimar, insistindo na continuidade da tarefa. E, se for necessário mudar, mudemos apenas o campo onde plantamos, mas não o cerne, o objetivo que norteia nosso empreendimento.
Tomo como exemplo soberano os evangelistas enviados por Jesus, Nosso Senhor, para semearem a terra do mundo, dos corações. As dificuldades encontradas pelos desbravadores do reino de Deus foram obstáculos que, para nós, hoje em dia, certamente e afigurariam intransponíveis. Nós que o sucedemos 2 mil anos mais tarde, achamos o solo dos corações, outrora agreste, já preparado, adubado e lavrado. As dores, é verdade, permanecem iguais às de mil anos antes; no entanto, trabalhamos em solo fértil, com os empecilhos naturais a todo projeto ou realização. Mas será que conseguimos mensurar o grau de dificuldade enfrentada pelos cristãos da primeira hora? Honestamente: será que lidamos com a mesma espécie de desafio na atualidade?
Texto retirado do Livro: A força eterna do Amor de Madre Teresa pelas mãos de Robson Pinheiro;

sábado, 16 de junho de 2012

FAZER O BEM A PESSOA MAIS IMPORTANTE: VOCÊ!



Muito se fala no âmbito espírita em fazer o bem ao próximo, nas palestras, seminários, cursos, mas quase nunca paramos para refletir em como fazer o bem a nós mesmos. Insistimos no erro, na maledicência, na culpa, na mágoa, na ausência do perdão, e esquecemos de olhar  dentro de nós e diagnosticar quais as nossas reais necessidades, será que é o dinheiro? Será que é ter o carro do ano? Será que é me casar? Será que é subir de cargo?
Isso poderá mesmo trazer a felicidade que todos nós buscamos? Ou será que quando conseguirmos um desses objetivos protelaremos a nossa felicidade, pensando: - Ah, agora eu já tenho o carro do ano, mas minha felicidade só será completa quando eu conseguir alcançar o tão almejado cargo. E assim nunca estamos nem felizes e nem satisfeitos. É claro que não estamos aqui levantando a bandeira do conformismo e menos ainda da falta de ambição;
O fato é que muitas vezes nos preocupamos demais com os outros, filhos, maridos, esposas, irmãos, colegas e etc e esquecemos de cuidar e olhar por aquele que mais é especial: Você. Sim, porque se você não estiver bem como poderá auxiliar alguém? Como poderá encontrar a serenidade, a paz, saúde, dentre outros requisitos que buscamos em nossa encarnação terrena?
Cuidar de si não é somente do corpo físico, mas principalmente cuidar da mente e do espírito, através da eficácia da prece, da eficácia do amor, do perdão, dentre outras metodologias que podemos e devemos utilizar como o Passe, Realinhamento dos Chacras, tratamento com a natureza conhecendo e utilizando: ervas, pedras, cachoeiras, mares e etc;
Não sejamos egoístas, vamos sim preocupar com as demais pessoas, mas antes que façamos isso vamos cuidar de si, procurando se conhecer, se permitir viver, se amar e encontrar a tão almejada felicidade. Mãos a obra!


quinta-feira, 14 de junho de 2012

As consequencias da CULPA!


Feliz aquele que consegue ter a sua consciência desperta e perceber que errou, no entanto a culpa não nos ajuda em nada pelo contrário ela traz consigo a inferioridade que impossibilita a nossa felicidade e  progresso; traz também a triste sensação de que não merecemos nada de bom, não merecemos ser felizes por conta de um erro que viemos a cometer;
Num trabalho de Assistência aos desencarnados que fazemos quinzenalmente aos sábados ocorreu algo que pode ilustrar de como a culpa pode fazer com que estacionemos no tempo. Num auxílio a um grupo de desencarnados um irmão nos chamou a atenção tamanha a sua vontade de se esquivar de cada um de nós, detendo mais a atenção nele iniciamos um diálogo:
-Irmão, por qual motivo você não quer receber este auxilio que há tanto tempo espera e merece?
-Quem disse que eu mereço? Você não é das bandas do espiritismo, então porque não enxerga o quanto de mal fiz a minha família?
-Sim, Irmão posso sim precisar o mal que tenha acometido, mas não acha que tenha chegado o tempo de mudança, de renovação das suas energias, de sua caminhada?
-Como posso seguir adiante se minha consciência não permite tamanhas atrocidades cometi, ninguém merecia eram todos inocentes. Eu não mereço os vossos olhares, anda, voltem suas rogativas a estes que merecem o amparo, eu não sou digno de auxilio e tampouco felicidade alguma.
-Já que o Irmão não pensa em se ajudar, porque não pensa em plantar flores onde tanto plantou espinhos? Porque não pensa em se melhorar para auxiliar aos seus que tanto ama. Recebendo o auxilio poderá ao invés de prejudicar ajudar a cada um destes que a sua consciência te cobra;
Enfim, a conversa se desenrolou com este objetivo fazer com que entendesse que ele poderia se melhorar para que pudesse amparar aqueles que acredita ter feito mal. E somente assim, este Irmão conseguiu receber o amparo da Equipe Espiritual que nesta noite trabalha em nossa Casinha.
Casos assim não são raros de acontecer, muitos espíritos permanecem por tempo inimaginável para nós neste sentimento de culpa. E quando falamos de nós hoje na condição de encarnados também não é diferente pode levar-nos a depressão, a problemas de ordem emocional e consequentemente de saúde senão despertarmos a nossa consciência da maneira correta.
Precisamos compreender que a culpa não nos trará nenhum mérito sem a renovação, transformação. Perceber o erro e se martirizar não ira diminuir o seu ato, ao contrario pode agravá-lo;
O amor e a Pratica do Evangelho é sem duvida a prevenção para a culpa, afinal quem de nós não erra? Quem de nós nunca precisou de um perdão? Vamos refletir sobre as nossas vidas e fazer com que estas energias se movimentem e fazer com que o nosso aperfeiçoamento espiritual não seja prejudicado por conta de atos falhos que realizarmos. Nos permitamos aprender, amar, nos transformar. Afinal, como diz Madre Teresa de Calcutá quando questionada sobre o que ela considera mais fácil neste mundo, e ela responde:Errar. Certamente é fácil errar, mas para evoluirmos é necessário nos desprendermos de culpas, arrependimentos e seguirmos adiante nos transformando e consequentemente errando menos.


terça-feira, 12 de junho de 2012

O MAIS BELO PRESENTE: O PERDÃO!


PERDÃO
É necessário perdoar para se amar em plenitude, sem perdão a alma vive em tormento, vive no que já foi e se esquece do que ainda virá. Muitas vezes passamos dias remoendo uma situação desagradável vivida, alguém nos dizendo ou fazendo algo que nos magoou de tal forma que não conseguimos nos desligar desta energia, deste pensamento e assim vamos nos afundando no abismo, no negativismo.
Todos nós já perdoamos ou iremos perdoar, precisamos ou precisaremos do perdão, assim como necessitamos do amor. Em nossa vida diária inúmeras vezes percebemos que algo que fizemos não foi bom, não foi bacana, e sempre nos direcionamos a Deus pedindo perdão por aquele ato falho. Se Deus que é soberanamente justo e bom tem que nos perdoar (em nosso conceito) porque nós não podemos perdoar o nosso semelhante. Nos colocamos numa posição superior? Superior ao que ou a quem?
A ausência do perdão faz mal para quem precisa dele e, principalmente para quem não consegue se libertar dos tentáculos do egoísmo e não consegue perdoar. Mas vamos raciocinar, quem será que sai mais prejudicado, aquele que reconheceu o seu ato falho, pediu desculpas e continuou vivendo ou aquele que não conseguiu sair desta sintonia? Pensamento gera energia e, com sentimentos não é diferente. Aquele que guarda a mágoa, a revolta, o inconformismo na verdade está guardando dentro de si todos estes sentimentos negativos e gerando males energéticos, espirituais e muitas vezes ocasionando problemas físicos que o paciente não faz ideia de como adquiriu aquela patologia. Portanto, o maior prejudicado é justamente aquele que ainda guarda o rancor dentro de si, vamos nos conscientizar, nos melhorar, o perdão é libertação vamos permitir que o nosso espírito se liberte das coisas materiais;
O mais belo presente? O perdão. Assim responde Madre Teresa no alto de seu amor e sabedoria, que possamos presentear a nós e aquele que espera o nosso perdão há tanto tempo, é hora de evoluir, é tempo de melhorar, é momento de se renovar.

 Texto de Amor e Luz;

domingo, 10 de junho de 2012

Buscando a Cura Espiritual!


Nas duas postagens anteriores pudemos refletir um pouco acerca das Curas Materiais, e nos questionarmos o que realmente é mais importante: a Cura Material ou a Cura do Espírito?

Muitas vezes pensamos apenas na dor, no sofrimento que naquele momento nos aflige como dores na coluna, dor de cabeça, dor de dente, dentre outros incômodos... e quando isso nos acomete não demora muito para que nos direcionamos a uma ajuda profissional, a um médico. Mas, e quando algum problema de ordem emocional acomete a cada um de nós, recorremos a algum lugar ou simplesmente observamos este problema ficar cada vez maior e somente quando ele chega no físico é que fazemos algo?

É necessário que nós compreendamos que nós somos do Espírito e não da matéria, este invólucro é apenas um empréstimo para que aqui possamos cumprir com aquilo que nos comprometemos, sendo assim é claro que devemos cuidar da nossa saúde, da nossa matéria, mas acima de tudo devemos demandar muito mais tempo e atenção ao conhecimento e cura do nosso espírito, cura da nossa alma.

Ainda sobre a cura em si, é fácil verificarmos em inúmeros lugares que diz operar a cura e vemos uma verdadeira legião de pessoas se deslocarem a estes locais a fim de serem tratadas, curadas. Mas que possamos todos refletir que a cura só é efetivadas através de alguns fatores. E quais seriam eles? Fé, Força de Vontade, Amor, Sintonia e MERECIMENTO. Pode ser quem for a nos curar, inclusive o Espírito mais “gabaritado” que nós considerarmos mas ainda assim se não existirem outros requisitos sendo o principal o merecimento, esta cura não se efetivará, somente com a vontade de Deus nosso Pai é que podemos receber a cura espiritual necessária e é através das nossas ações, pensamentos.

Todas as doenças tem cura? É claro que sim. No entanto não no nosso tempo, isso porque muitas vezes só conseguimos enxergar a vida em nossa limitada visão e nos esquecemos de tantas vezes que aqui já estivemos e de tantas outras vezes que ainda aqui estaremos, sendo assim todas as doenças podem ser curáveis mas não somente a partir da nossa vontade mas acima disso: a Vontade de Deus;

Pensemos ainda no maior exemplo que já tivemos no Planeta Terra – Jesus Cristo. Será que ele curou a todos que o procurou? E, porque será que não curou a todos? A vontade de Deus é soberanamente maior do que a vontade do Homem ainda que este homem seja Jesus. Todos os casos que vimos Cristo curando percebemos a fé de quem recebia, mas principalmente podemos observar o merecimento, já que todos os casos que Jesus curou era sem duvida casos em que os doentes assim estavam há bastante tempo, ou seja, tempo necessário para sua expiação, melhoramento moral e aprendizado. Como podemos observar na passagem da mulher hemorrágica (vide primeira postagem sobre Curas Materiais);

A cura espiritual não é uma das lições mais fáceis que encontramos, mas é possível quando conseguirmos internalizar todas as lições de Cristo, quando conseguirmos amar mais e julgar menos os nossos semelhantes, quando conseguirmos perdoar, quando conseguirmos alcançar a fé que move montanhas, quando conseguirmos ser Amor e Luz e confiar acima de tudo na justiça divina. Que assim possamos refletir acerca do que é mais importante para cada um de nós?

“O julgamento é dos Homens, mas a Justiça é de Deus.” Meimei;

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Curas Materiais Parte II


Sendo Deus misericordioso e bom e tendo Jesus Cristo nos afirmado que o Pai faz a chuva beneficiar justos e injustos e o sol brilhar sobre bons e maus, por que razão somos submetidos às tribulações e aflições da vida terrena?
À luz da lei da reencarnação tudo se esclarece. Ninguém sofre sem justa causa. Se as vicissitudes da vida derivam de uma causa e, pois que Deus é justo, justa há de ser essa causa. Se somos Espíritos que contraímos débitos nas vidas pretéritas, é lógico que devemos passar por um processo expiatório.
“Quem com ferro fere, com ferro será ferido”; nestas palavras de Jesus, dirigidas a Pedro, define-se claramente todo o processo de reajustamento do Espírito. Com o mesmo instrumento ou pela forma que usamos para ofender o nosso próximo, seremos atingidos, senão na mesma vida, pelo menos nas vidas futuras do Espírito na carne. Tudo aquilo que fizemos de mal contra o nosso próximo, passa a se constituir em debito perante a justiça divina, e, mais cedo ou mais tarde, nesta ou em vidas subsequentes, teremos de experimentar as consequências do mal cometido, mais ou menos nas mesmas proporções, e até com os métodos utilizados por nós.
Considerando-se que somos almas em continuo processo de aprimoramento, para que possamos, um dia, ascender às elevadas regiões da Espiritualidade, onde não haverá mais choro nem ranger de dentes, onde as lagrimas se secarão, e “onde a morte será tragada pela vitoria”, segundo a sábia afirmação de Paulo de Tarso, toda e qualquer alteração em nosso status de vida, salvo raras exceções, equivaleria a nos subtrair os instrumentos adequados para aquele aprimoramento.
Eia a razão pela qual Jesus Cristo também não curava a todos que o buscavam. No meio de imensa multidão de doentes de todos os matizes, ele curou apenas uma mulher que sofria há doze anos de penosa hemorragia. O Mestre não estendia as mãos e curava a todos indistintamente, o que representaria a subtração dos instrumentos, de que cada um é dotado, para resgatar as suas faltas no quadro da lei, colimando assim a cura da alma.
Uma vez que as dores e as aflições da vida terrena são veículos portentosos para a redenção da alma, segundo o que está explicito no Sermão da Montanha: “Bem-aventurados os aflitos porque deles é o reino dos céus”, conclui-se que somente na vida futura podem efetivar-se as compensações que o Mestre promete aos sofredores da Terra.
O Cristo era procurado diariamente por milhares de sofredores. Os Evangelhos registram que em certos dias Ele conseguia reunir em sua volta cinco mil pessoas, e, no entanto, podem-se dizer que não foram muito além de uma centena as curas materiais por Ele praticadas:uma dezena de leprosos, dois ou três cegos, um surdo-mudo, quatro a cinco possessos de Espíritos inferiores, uma mulher que vivia curvada, uma outra que sofria penosa hemorragia, um homem com a mão mirrada, alguns poucos paralíticos e três pessoas acometidas de catalepsia, cujos Espíritos não estavam completamente desligados do corpo e o Senhor os fez se integrarem nele e algumas outras.
O seu objetivo primário era prescrever o lenitivo para a cura das enfermidades da alma. A fim de propiciar condições para ensinar esse remédio aos sofredores, ele fazia uso das curas materiais, pois sabia que os homens preocupam-se mais com as curas repentinas, de efeito transitório, mas que se conseguem a curto prazo, do que com as curas permanentes, que só se colimam a longo prazo. A produção dessas curas materiais fez com que a sua fama se espargisse com grande rapidez, os homens passassem a procurá-lo para se beneficiarem delas, e Ele tinha então a oportunidade de proceder à semeadura das palavras e ensinamentos que levariam, mais cedo ou mais tarde, à cura espiritual e permanente, curas que o Mestre tinha no mais alto apreço, como aquelas acontecidas com Maria de Betânia, Zaqueu, Paulo de Tarso e Maria Madalena.
Deve-se ainda considerar que os casos de curas materiais, registrados nos Evangelhos, aconteceram com pessoas que já vinham sofrendo há longos anos, e que já estavam quase reajustadas perante a lei divina: o paralitico de Betsaida estava acometido da enfermidade há 38 anos; a mulher que sofria do fluxo de sangue, há 12 anos vinha esgotando todos os seus recursos; o cego de nascença já tinha idade, e portanto era cego há mais de 25 anos; a mulher que vivia curvada, o era há mais de 18 anos; os dez leprosos já eram homens de certa idade e obviamente há muitos anos eram portadores daquela doença. É notório, pois, que 12 a 38 anos de sofrimentos talvez fossem suficientes para que aquelas almas encarnadas resgatassem suas faltas pretéritas e se ajustassem perante a lei, recebendo a cura completa através da interferência direta de Jesus Cristo.
Texto retirado do Livro: Os Padrões Evangélicos de Paulo Alves Godoy FEESP;

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Curas Materiais Parte I


“E com ele seguia uma grande multidão, que o apertava. E certa mulher, que havia doze anos tinha um fluxo de sangue, e que havia padecido muito com muitos médicos, e despendido tudo quanto tinha, nada lhe aproveitando isso, antes indo a pior, ouvindo falar de Jesus, veio por detrás entre a multidão, e tocou no vestido. E logo se secou a fonte do seu sangue; e sentiu no seu corpo estar já curada”. (Marcos, 5:24-29)
Nos dias atuais, da mesma forma como acontecia no tempo em que Jesus Cristo esteve entre nós de modo visível, os homens preocupam-se demasiadamente com a cura do corpo, deixando para plano secundário a cura da alma.
Qualquer que seja o lugar onde se propague existir alguém fazendo curas ou praticando fenômenos, para lá acorre verdadeira multidão de pessoas, formando filas intermináveis, cada qual procurando haurir, do melhor modo possível, qualquer beneficio. Algumas curas são produzidas, mas apenas pequena parcela consegue receber o beneficio.
Muitos desses homens que conseguem curar os seus semelhantes são criaturas de boa vontade, dotadas de indiscutível poder mediúnico, conseguindo, com o concurso de benfeitores espirituais, produzir curas apreciáveis, entretanto há também falsos médiuns (falsos profetas, segundo o dizer judicioso dos Evangelhos), que acenam com a possibilidade de curas mirabolantes, alegando fazer operações cirúrgicas em serie, como se fabricam peças mecânicas, mas que na realidade não passam de mistificadores e enganadores, que se enriquecem explorando a boa-fé de pessoas incautas, nada fazendo de proveitoso.
Uma coisa, no entanto, deve ser esclarecida: a lei de Deus é sábia, equitativa, justa e misericordiosa, e, uma vez que somos Espíritos encarnados, que trazemos do passado o fardo das transgressões cometidas, as quais clamam por resgate na vida presente, devemos convir que há necessidade do nosso reajustamento perante a lei divina e que nem sempre podemos ser curados das enfermidades físicas que portamos.
Deus quer que todas as suas criaturas progridam e, como decorrência, sua justiça abrange todos aqueles que se desviam do caminho reto. Se a justiça dos homens muitas vezes não alcança as nossas faltas, o mesmo não sucede com relação à justiça divina. Não há falta alguma, por mais insignificante que pareça, nenhuma infração à lei, que não acarrete forçosas e inevitáveis consequências, mais ou menos atribuladas. No embate da vida terrena passamos por fases angustiosas, somos acometidos de dores atrozes, falta-nos, muitas vezes, o essencial para o equilíbrio da nossa vida e encontramos dificuldades em conciliar tudo isso com a promessa evangélica contida no Sermão da Montanha.
Texto retirado do Livro> Os Padrões Evangélicos de Paulo Alves Godoy FEESP;

terça-feira, 5 de junho de 2012

Corpo Átmico



Essência divina, consciência pura; diretora da idiogênese – o corpo átmico é a própria partícula da vida, o principio coordenador. Também chamado de eu cósmico, monada e semente da vida.
É o espírito puro. Impossível de descrever sua essência divina. Imanente, transcendente, inexplicável e indescritível – ao menos segundo os padrões humanos. Apenas é.
O corpo átmico é o ser principal, criação direta do Todo-Sábio. Tanto quanto seu criador, só pode ser sentido. Parcialmente e palidamente poderá ser analisado, pois faltam bases para que possa ser associado a algo que se conheça. É a parte imortal e fonte de toda a vida, a causa criada e eterna, que é ao mesmo tempo ator e ato, o espectador e o produtor do grande drama evolutivo. É imortal, consciência pura.
A cada ação do espírito no palco abençoado das reencarnações os corpos vão se adelgaçando, se transubstanciando. À medida que cresce, aprende, aperfeiçoa-se, o ser despe-se dos corpos mais pesados e densos, passando a atuar em níveis e dimensões de consciência cada vez mais sutis. Um dia brilhará puro, independente dos envoltórios que utiliza em sua caminhada rumo ao infinito.

domingo, 3 de junho de 2012

Corpo Búdico


Neste nosso estudo despretensioso do ser imortal julgamos de grande utilidade estudar também o chamado corpo budhi das filosofias espiritualistas. Para efeito didático dissociaremos essa dimensão em três partes ou subníveis, a saber: moral, intuitivo e consciencial.
Essa divisão, a nosso ver, é necessária para que tenhamos uma pálida ideia de ação do espírito através de seus corpos e para que possamos desmistificar algo que se criou em torno da existência dos chamados corpos espirituais.
Essa dimensão ou corpo búdico, conhecido em nosso plano como corpo cósmico, detém o grande núcleo da consciência potencializada ao Maximo, à semelhança de um átomo espiritual. É nessa dimensão cósmica, búdica, imortal que são registrados toda experiência multimilenar e todos os acontecimentos, em seus mínimos detalhes. Desse núcleo psi, da partícula anímica, partem as chamadas ordens e demais resoluções do espírito.
Núcleo de Potência Moral> Representa uma dimensão da partícula anímica ou espírito, responsável pelas noções do bem e do mal sob a ótica individual, ou seja, de acordo com o ponto de vista do próprio ser. Também é a dimensão ou campo consciencial responsável pela relação do espírito com o meio onde ele age e atua; é o comando do comportamento da entidade pensante.
Núcleo de Potência Intuitiva> Podemos compreender essa dimensão como sendo a antena do espírito. É o núcleo anímico responsável pela captação das informações do cosmo. Não encontrando vocábulos que o descrevam perfeitamente, dizemos apenas que é a dimensão da intuição pura, da genialidade cientifica e estética do espírito, que é interpretada pelo corpo mental.
Núcleo Consciencial> Representa o grande núcleo de potenciação da consciência cósmica, ainda pouco definido e conhecido por meus irmãos encarnados e ainda estudado por nós, os desencarnados, espíritos que estamos em processo de aprendizado no planeta. Esse núcleo é estruturado em uma dimensão à qual temos pouquíssimo acesso, por elevar-se acima de todos os outros corpos que são inferiores à dimensão búdica.
Seuqencia Alem da Matéria!

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Corpo Mental Superior!


O corpo mental superior ou dimensão espiritual elabora e estrutura as ideias e está ligado ao chacra frontal de uma forma especial. Esse conteúdo espiritual é denominado corpo mental superior ou abstrato porque elabora e estrutura princípios e ideias abstratas, buscando a síntese e conclusões que definirão as ações do individuo. A mente espiritual é a responsável pelo raciocínio criativo, e em sua intimidade são elaboradas as intuições para o progresso cientifico da humanidade. Sua estrutura superior capacita o corpo mental para a elaboração de teorias e de avaliações.
Quando o mental superior está viciado e através dele o homem entra em conexão com os conceitos de poder temporal, domínio de consciências, mando desmedido e tirania, esse corpo fragmenta-se, adoece e perturba profundamente a personalidade.
É conhecido como superconsciente nos registros espíritas e é a fonte dos mais sublimes e os arquivos das experiências milenares, o corpo mental superior corresponde ao porvir, à inspiração. Em profunda conexão com o chacra frontal, produz o elo de ligação com as forças que engendram o progresso do mundo. É dessa dimensão cósmica que o ser vivo banha-se na fonte sublime da própria vida, traçando suas metas quanto ao futuro. Quanto mais predomina o corpo mental superior, menos força e influencia exercem o conteúdo instintivo do corpo emocional e a ação intelectiva do mental inferior. A atuação desse elemento divino representado pela superconsciência supera os domínios do intelecto.
De um lado, a força instintiva instiga o homem ao retorno às praticas inferiores, aos desejos e aos comportamentos antigos. De outro, a ação mais espiritual do corpo mental inspira-o a prosseguir desligando-se das emoções, da matéria e elevando-se cada vez mais à manifestação plena do ser. O homem fica dividido entre os dois apelos, e a pressão exercida por essas forças e pelas influencias do contexto reencarnatório e do mundo extrafísico é que forja seu caráter, sua identidade espiritual.
Sequencia Além da Matéria!