domingo, 6 de fevereiro de 2011

Quem é Allan Kardec ?

                 O professor Hippolyte Léon Denizard Rivail – Allan Kardec, interessou-se pelos fenômenos espíritas no ano de 1855, quando o Sr. Carlotti, seu amigo de vinte e cinco anos, lhe falou pela primeira vez da intervenção dos Espíritos e conseguiu aumentar as suas dúvidas sobre tais fenômenos.
            Mas, anteriormente em 1854, Kardec ouviu “falar pela primeira vez, das mesas girantes,pela boca do Sr. Fortier, magnetizador, com o qual entrara em relações para os seus estudos sobre magnetismo”. O Sr. Fortier um dia lhe falou:
            “Eis uma coisa mais do que extraordinária: não somente magnetizam uma mesa, fazendo-a girar, mas também a falar: perguntam coisas e a mesa responde”.
            Allan Kardec replica: “Isto é outra questão: acreditarei quando puder ver com os meus próprios olhos e quando me provarem que uma mesa tem um cérebro para pensar, nervos para sentir e que pode tornar-se sonambula: por enquanto, seja-me permitido dizer que tudo isso me parece um conto para fazer dormir de pé”.
            Diante desta réplica de Kardec podemos verificar o quão cético ele era com relação a visão espiritual da vida e das coisas, no entanto ao conhecer o Sr. Pâtier, funcionário público, de excelente impressão estabeleceu logo um agradável diálogo onde por conta de seu ceticismo seguido de sua curiosidade rumaram para um assunto que até então   pairava em sua mente, a intervenção dos espíritos no mundo material, e para sua surpresa foi convidado para  uma dessas “experiências” com os espíritos que se realizava com frequência na casa da Sra. Plainemaison, na rua Grange-Bateliére n°18, em Paris.
            Aceitando o convite e comparecendo pontualmente na data e horário marcado, terça-feira às 20:00 hs da noite em maio de 1855, assistiu pela primeira vez os fenômenos das mesas que “giravam, saltavam e corriam, em condições tais que não deixavam lugar para qualquer dúvida. (...) Eu entrevia, naquelas aparentes futilidades, no passatempo que faziam daqueles fenômenos, qualquer oisa de sério, como que a revelação de uma nova lei, que tomei a mim estudar a fundo. (...) Os médiuns eram as duas senhoritas Baudin  (Julie e Caroline). (...) Aí, tive o ensejo de ver comunicações contínuas e respostas a perguntas formuladas, algumas vezes, até a perguntas mentais, que acusavam, de modo evidente, a intervenção de uma inteligência estranha”. São declarações do Codificador.
            Assim, ele prossegue em Obras Póstumas: “Compreendi, antes de tudo, a gravidade da exploração que ia empreender: percebi, naqueles fenômenos, a chave do problema tao obscuro e tao controvertido do passado e do futuro da Humanidade, a solução que eu procurava em toda a minha vida. (...) fazia-se mister, portanto, andar com a maior circunspecção e não levianamente; ser positivista e não idealista, para não me deixar iludir”.
            Mas, afinal antes de Kardec se dedicar ao estudo dos espíritos quem ele era e o que fazia?
            Nascido na cidade de Lyon, na França, em 3 de outubro de 1804 e recebendo o nome de Hippolyte Léon Denizard Rivail. Os estudos de Kardec foram iniciados na Suiça, sob a direção do célebre e inesquecível Professor Pestalozzi. (...) Teve uma sólida instrução, servida por uma robusta inteligência. Ele conhecia o alemão, inglês, italiano, espanhol, holandês, sem falar na sua língua materna, francês e tinha grande cultura científica.
            Seu trabalho pedagógico é rico e extenso. Produziu, na França, quase uma dezena  de obras sobre educação, e traduzia para a língua alemã, que também conhecia profundamente as diferentes obras de educação e de moral. Fora Bacharel em Ciências e Letras, Membro da Sociedade Sábias da França, da Real Academia de Ciências Naturais, entre outras. Foi Professor no Liceu Polimático, e seguia os métodos de seu fiel orientados Pestalozzi, criando até mesmo em sua casa cursos gratuitos de Química, Física, Anatomia comparada e Astronomia, etc.
            No ano de 1832 casou-se com Amélie Gabrielle Boudet, a quem se referia como sua doce Gabi carinhosamente, que também era Professora com diploma de primeira classe. Amélie
            Allan Kardec foi na realidade quem reunira muitos fatos que provavam a intervenção dos espíritos no nosso mundo material e homem estudado e pesquisador que sempre fora, levou estes fatos a uma análise mais científica, estudando e comprovando tudo aquilo que para ele antes não passava de mera ilusão. Sendo o Codificador do Espiritismo, sua real missão foi trazer para o mundo as suas pesquisas a respeito dos espíritos para que possamos compreender a imortalidade da alma e termos consciência sobre o mundo dos espíritos.
            Porém, é necessário lembrar que na época em que Kardec trouxe estes estudos sobre os espíritos ele sofrera muito preconceito não somente pelo ciclo que convivia de pesquisadores, como também pela população que ainda desconhecia por completa a vida após a morte, acreditando inclusive que a morte nada mais era que o fim de tudo.
            Hoje todos tem o acesso ao que é o espiritismo e todas as suas obras  básicas, embora muitas vezes olhem de uma forma preconceituosa, porém cabe a nós espíritas darmos continuidade a tudo aquilo que Kardec nos deixou, buscando sempre novos ensinamentos e aprendendo a cada dia com os espíritos.
            De seu vasto trabalho, destacamos algumas das obras de Kardec:
            O Livro dos Espíritos (1857), O Livro dos Médiuns (1861), O Evangelho segundo o Espiritismo (1864), O céu e o Inferno, ou a Justiça Divina segundo o Espiritismo (1865), A Gênese, os Milagres e as Predições (1868), livros estes que constituem a base do Espiritismo, o chamado Pentateuco Espírita. Produziu obras subsidiárias e complementares de grande valor doutrinário, como O que é o Espiritismo, Introdução ao estudo da Doutrina Espírita, Obras Póstumas. Criou a Revista Espírita, jornal de estudos psicológicos, periódico mensal que editou e preparou os originais de janeiro de 1858 a junho de 1869, e fundou em Paris, a 1° de abril de 1858, a primeira sociedade espírita regularmente constituída, sob a denominação de Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas.
            Nestas rápidas anotações não conseguimos dizer tudo a respeito do missionário da Codificação Espírita, senão registramos apenas aspectos gerais de sua magnífica personalidade.

Casa Espiritual Amor e Luz

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