terça-feira, 31 de maio de 2011

Reino das Sombras - Diálogo com Pai João de Aruanda - Part. IV


- Como os espíritos superiores fazem para combater este tipo de fenômeno, como a materialização direta de entidades perversas, uma vez que estes agem de forma direta, quase humana e material, e os benfeitores contam apenas com a intuição? Refiro-me ao caso de algum agênere se infiltrar, por exemplo, entre os representantes das Nações Unidas, roubando a identidade de algum diplomata, tendo, assim, enormes possibilidades diante de si.
Pai João parece ter gostado da pergunta do nosso amigo, pois esboçou um sorriso amplo e, logo em seguida, respondeu:
- Bem, meu filho, o Alto conta com diversos recursos, inclusive a condição de também promover materializações, de usar essa possibilidade que o fenômeno oferece para materializar-se temporariamente no mundo e também apresentar suas ideias aos órgãos onde convém atuar. Isso é uma possibilidade, embora não precisemos usar artifícios análogos ao roubo de duplos etéricos, é evidente. Contamos com nossos médiuns doadores dos dois lados da vida. Todavia, essa não é uma pratica corriqueira, nem do nosso lado nem do lado da oposição, muito embora na atualidade temos observado bom numero de ensaios, por parte de entidades sombrias, visando se infiltrar entre os encarnados da forma como descrevi.
“De todo modo, diversos representantes nossos estão encarnados no mundo; através deles, como instrumentos nossos, exalamos nossas ideias de progresso, respeito, fraternidade e outras que nos convêm, de acordo com a politica do Cordeiro de Deus. Mas, se for necessário, com certeza o Alto pode muito bem empregar o recurso dos agêneres, uma vez que está dentro das leis naturais, embora pouco pesquisadas pelos irmãos espiritas e espiritualistas”.
“No passado, muitos povos foram visitados por representantes do mundo oculto, materializados como agêneres, que os visitaram e conviveram com os homens sem que suspeitassem estar recebendo seres elevados, temporariamente materializados. A Bíblia é cheia de referencias a esse respeito, e o próprio apóstolo Paulo nos fala, em sua carta aos Hebreus: “Não vos esqueçais da hospitalidade, pois por ela alguns, sem o saber, hospedaram anjos.””
A resposta não poderia ser mais simples e, igualmente, completa. Isso nos inspirou a pedir mais informações e aprofundarmos o assunto. Outro espírito aproveitou o momento de reflexão que a resposta do pai-velho provocou e levantou a mão, indagando:
- Gostaria de saber a respeito de outro fator ligado à existência dos chamados vampiros, e mais precisamente desses conhecidos como espectros. Quando eles reencarnam no mundo, qual a forma de conhece-los? Como se comportam ao entrar em contato com a sociedade de uma forma mais permanente, como a que oferece o processo reencarnatório?
A pergunta era interessante, e eu mesmo não havia pensado em como os espectros se relacionariam na vida social, quando encarnados. Pai João respondeu com a mesma boa vontade de sempre:
- Segundo as informações que temos do lado de cá, meu filho, reencarnação desse tipo de espirito não é algo comum, no estagio atual em que se encontram. Em sua grande maioria, o contato com a sociedade humana seria altamente prejudicial para o homem encarnado. Apenas alguns tem a oportunidade de reencarnar na Terra, possivelmente como ultima chance antes de serem deportados para mundos condizentes om o estágio primitivo em que se encontram.
“Esses poucos, porém, ao reencarnarem, são representados pelos serial killers e psicopatas mais cruéis, pelos homens que desenvolvem o desejo e o prazer de matar e entram para corporações como o exercito, a fim de exercitarem, em tempos de guerra, seus desejos mais abjetos. Vemos espectros entre ditadores, tiranos e matadores de aluguel. Há também aqueles que, ainda na adolescência, deixam as lembranças do período entre vidas aflorar e, de um momento para outro, tomam de alguma arma e assassinam brutalmente considerável numero de vitimas; por fim, alguns dos homens e mulheres-bomba, que intentam contra a própria vida, mas de uma forma que morrem matando. No plano inconsciente de suas almas, pretendem aproveitar a grande porção de ectoplasma liberado no momento da morte conjunta de varias pessoas e de locupletarem.
“De qualquer maneira, esses seres não merecem da justiça sideral novas oportunidade no ambiente do planeta Terra e, desde sua morte, já são incluídos entre aqueles que serão expatriados para mundos distantes no grande processo de limpeza e higienização psíquica do planeta”.

Fonte: A marca da Besta - O reino das sombras - vol. III
Robson Pinheiro - Pelo espirito Ângelo Inácio 
Ed. Casa dos Espiritos

Casa Espiritual Amor & Luz

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Reino das Sombras - Diálogo com Pai João de Aruanda - Part. III


Pai João neste dialogo nos traz aspectos importantes para lidarmos com as obsessões complexas e espíritos extremamente experimentados no domínio das trevas.
- No mundo dos encarnados, os mitos que envolvem os vampiros tiveram sua origem na Antiga Transilvânia, nas tradições da magia ou em contos germânicos. Esse tema vem seduzindo milhões de pessoas e polarizando as atenções ao redor do mundo, já desde o final do século XX, e ainda com mais força no inicio deste século, pois chegou a hora de levar um pouco mais de conhecimento à população. Assim, quando pensamos que a linguagem espiritualista ou espiritista ortodoxa poderia afugentar pessoas, ou meramente causar restrição em certos círculos, tem vindo contribuições através da literatura chamada de ficção e de outras mídias, a fim de começar a dar ciência ao maior numero possível de pessoas acerca de como se dão tais fatos nos bastidores da vida.
“Considerando o antigo mito, os vampiros seriam caracterizados por dois aspectos. O primeiro e mais comum, apresentarem-se como mortos-vivos que não podem viver à luz do dia e se alimentam do sangue humano, por toda a eternidade. A segunda versão os tem na conta de enviados do diabo ou do demônio, com objetivo mais definido do que os vampiros da categoria anterior, dos contos que ilustram os livros. No fundo, o mito não deturpa a realidade”.
“Temos observado que o primeiro tipo de vampirismo, embora de extrema complexidade, reflete a sede de vitalidade de determinados espíritos que procuram se manter por meio do roubo de seu alvo mental. Sugam-lhe as reservas energéticas e, desse modo, conseguem sentir todas as sensações que o encarnado sente, como prazer sensorial, físico, sexual e outros tipos de paixões das quais ainda não se desvencilharam. Esses são os vampiros mais comuns; em muitos casos, são tratados em reuniões de desobsessão”.
“Mas há também os vampiros especializados, como a categoria representada pelos espectros, a elite da guarda dos dragões. Esses sim, seriam comparados aqueles que às historias classificam como enviados direto do diabo. Dificilmente encontramos agrupamentos especializados em lidar com tal espécie de vampiros astrais, que detém não somente poucos espíritos da categoria dos dragões e seus prepostos sabem fazer. Esse conhecimento é tão invulgar, tão pouco difundido, mesmo entre as comunidades das trevas, que uma pequena minoria de seres do abismo é que realmente monopoliza a técnica. Aprisionado o duplo etérico por meio desse método, o corpo físico do encarnado pode sofrer a morte, e, ainda assim, a contraparte etérica não se dissolve, resistindo por dilatado período de tempo. Após essa extorsão, essa apropriação indébita e criminosa, os seres especializados assumem o duplo capturado, acoplando-se nele e moldando-o segundo sua vontade, sujeitando-o à força do pensamento gerou o processo”.
“Surge, então, outro aspecto, que não podemos ignorar. Além do roubo do corpo etérico ou vital empregando mecanismos pra lá de intricados – que não vem ao caso examinar agora -, o sujeito, o vampiro ousa apropriar-se da identidade energética do seu alvo e vitima. Os técnicos realizam aquilo que denominaram de fotografia mental antes de promover a morte da vitima, registrando em imagens as memorias arquivadas no corpo espiritual do ser, para em seguida as transferir, por processo hipnótico, ao espirito que faz a vez de vampiro. De posse dessas memorias, dos registros energéticos e emocionais de sua vitima, o ser hediondo materializa-se na Terra, entre os encarnados, uma vez que o duplo etérico é formado de puro ectoplasma. Desponta no mundo algo pouco estudado pelos espiritas, mas já ventilado por Allan Kardec: as aparições tangíveis ou agêneres. No caso referido, na são nada mais, nada menos do que vampiros, na mais exata acepção do termo e na sua mais ampla significação. É a arte de produzir aparições tangíveis aprimorada e levada às ultimas consquências, a serviço dos donos da maldade”.
Diante das palavras de pai João, que nos deixou impressionados com o alcance desse tipo mais especifico de vampirismo, eu mesmo resolvi perguntar, antes que outro guardião o fizesse:
- Então, as lendas do passado medieval, por exemplo, que falavam de espíritos incubos e súcubos – espécie de demônios que visavam ter relações sexuais com os humanos -, não estão totalmente destituídas de verdade?
- É certo, meu filho – começou o pai-velho -, que na Idade Média as motivações desses seres eram outras, pois o mundo não oferecia a eles elementos mais instigantes do que oferece hoje. Nos tempos atuais, os indivíduos que adquirem tangibilidade, são confundidos com os homens a ponto de ocuparem lugares cobiçados nos gabinetes governamentais da Terra, nas grandes corporações e instituições do mundo. Agem às escondidas, sem que meus filhos encarnados sequer suspeitem tratar-se de espíritos tangíveis, mas não encarnados; agêneres, portanto. Agem de modo diferente de como atuavam há alguns séculos, mas, mesmo assim, com o objetivo de saciar suas paixões, aplacar sua sede de poder, influenciar os grupos e líderes do mundo, uma vez que sabem que lhes resta muito pouco tempo na psicosfera terrena. Eis por que se utilizam de todo o conhecimento, de toda a engenhosidade de que são conhecedores, a fim de levar avante seus planos de domínio.

Fonte: A marca da Besta - O reino das sombras - vol. III
Robson Pinheiro - Pelo espirito Ângelo Inácio 
Ed. Casa dos Espiritos

Casa Espiritual Amor & Luz

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Atendimento Fraterno com Benzimento




Olá a todos a Casa Espiritual Amor & Luz convida a todos vocês a virem prestigiar mais um trabalho que iremos iniciar em nossa casa.
Através do contato com nossos irmãos Gero Maita e Pai Benedito aprendemos a benzer, e é em homenagem a estes dois irmãos que dedicamos este trabalho.
Nesta próxima terça-feira (31/05/11) teremos o Atendimento Fraterno com Benzimento, onde os bentos da Casinha estarão realizando o atendimento através do bezimento, trazendo de volta esses lindos gestos que se iniciaram nos tempos de Senzala.

Agradecemos a Pai Benedito, a corrente de Bentos da Senzala da Luz e a Gero Maita.

Casa Espiritual Amor & Luz

Reino das Sombras - Diálogo com Pai João de Aruanda - Part. II


Reino das Sombras
 Diálogo com Pai João de Aruanda      

Continuamos aqui a abordar o diálogo de Pai João de Aruanda no livro A Marca da Besta, diálogo este que vem nos trazendo grandes esclarecimento, desejamos a todos uma ótima leitura.
- No mundo dos encarnados, os mitos que envolvem os vampiros tiveram sua origem na Antiga Transilvânia, nas tradições da magia ou em contos germânicos. Esse tema vem seduzindo milhões de pessoas e polarizando as atenções ao redor do mundo, já desde o final do século XX, e ainda com mais força no inicio deste século, pois chegou a hora de levar um pouco mais de conhecimento à população. Assim, quando pensamos que a linguagem espiritualista ou espiritista ortodoxa poderia afugentar pessoas, ou meramente causar restrição em certos círculos, tem vindo contribuições através da literatura chamada de ficção e de outras mídias, a fim de começar a dar ciência ao maior numero possível de pessoas acerca de como se dão tais fatos nos bastidores da vida.
“Considerando o antigo mito, os vampiros seriam caracterizados por dois aspectos. O primeiro e mais comum, apresentarem-se como mortos-vivos que não podem viver à luz do dia e se alimentam do sangue humano, por toda a eternidade. A segunda versão os tem na conta de enviados do diabo ou do demônio, com objetivo mais definido do que os vampiros da categoria anterior, dos contos que ilustram os livros. No fundo, o mito não deturpa a realidade”.
“Temos observado que o primeiro tipo de vampirismo, embora de extrema complexidade, reflete a sede de vitalidade de determinados espíritos que procuram se manter por meio do roubo de seu alvo mental. Sugam-lhe as reservas energéticas e, desse modo, conseguem sentir todas as sensações que o encarnado sente, como prazer sensorial, físico, sexual e outros tipos de paixões das quais ainda não se desvencilharam. Esses são os vampiros mais comuns; em muitos casos, são tratados em reuniões de desobsessão”.
“Mas há também os vampiros especializados, como a categoria representada pelos espectros, a elite da guarda dos dragões. Esses sim, seriam comparados aqueles que às historias classificam como enviados direto do diabo. Dificilmente encontramos agrupamentos especializados em lidar com tal espécie de vampiros astrais, que detém não somente poucos espíritos da categoria dos dragões e seus prepostos sabem fazer. Esse conhecimento é tão invulgar, tão pouco difundido, mesmo entre as comunidades das trevas, que uma pequena minoria de seres do abismo é que realmente monopoliza a técnica. Aprisionado o duplo etérico por meio desse método, o corpo físico do encarnado pode sofrer a morte, e, ainda assim, a contraparte etérica não se dissolve, resistindo por dilatado período de tempo. Após essa extorsão, essa apropriação indébita e criminosa, os seres especializados assumem o duplo capturado, acoplando-se nele e moldando-o segundo sua vontade, sujeitando-o à força do pensamento gerou o processo”.
“Surge, então, outro aspecto, que não podemos ignorar. Além do roubo do corpo etérico ou vital empregando mecanismos pra lá de intricados – que não vem ao caso examinar agora -, o sujeito, o vampiro ousa apropriar-se da identidade energética do seu alvo e vitima. Os técnicos realizam aquilo que denominaram de fotografia mental antes de promover a morte da vitima, registrando em imagens as memorias arquivadas no corpo espiritual do ser, para em seguida as transferir, por processo hipnótico, ao espirito que faz a vez de vampiro. De posse dessas memorias, dos registros energéticos e emocionais de sua vitima, o ser hediondo materializa-se na Terra, entre os encarnados, uma vez que o duplo etérico é formado de puro ectoplasma. Desponta no mundo algo pouco estudado pelos espiritas, mas já ventilado por Allan Kardec: as aparições tangíveis ou agêneres. No caso referido, na são nada mais, nada menos do que vampiros, na mais exata acepção do termo e na sua mais ampla significação. É a arte de produzir aparições tangíveis aprimorada e levada às ultimas consquências, a serviço dos donos da maldade”.
Diante das palavras de pai João, que nos deixou impressionados com o alcance desse tipo mais especifico de vampirismo, eu mesmo resolvi perguntar, antes que outro guardião o fizesse:
-Então, as lendas do passado medieval, por exemplo, que falavam de espíritos incubo e súcubos – espécie de demônios que visavam ter relações sexuais com os humanos -, não estão totalmente destituídas de verdade?
-É certo, meu filho – começou o pai-velho -, que na Idade Média as motivações desses seres eram outras, pois o mundo não oferecia a eles elementos mais instigantes do que oferece hoje. Nos tempos atuais, os indivíduos que adquirem tangibilidade, são confundidos com os homens a ponto de ocuparem lugares cobiçados nos gabinetes governamentais da Terra, nas grandes corporações e instituições do mundo. Agem às escondidas, sem que meus filhos encarnados sequer suspeitem tratar-se de espíritos tangíveis, mas não encarnados; agêneres, portanto. Agem de modo diferente de como atuavam há alguns séculos, mas, mesmo assim, com o objetivo de saciar suas paixões, aplacar sua sede de poder, influenciar os grupos e líderes do mundo, uma vez que sabem que lhes resta muito pouco tempo na psicosfera terrena. Eis por que se utilizam de todo o conhecimento, de toda a engenhosidade de que são conhecedores, a fim de levar avante seus planos de domínio.
Desta vez, antes mesmo que eu formulasse outra pergunta, outro espirito se dirigiu a Pai João numa ansiedade inigualável por obter mais conhecimento sobre o fenômeno.
-Como os espíritos superiores fazem para combater este tipo de fenômeno, como a materialização direta de entidades perversas, uma vez que estes agem de forma direta, quase humana e material, e os benfeitores contam apenas com a intuição? Refiro-me ao caso de algum agênere se infiltrar, por exemplo, entre os representantes das Nações Unidas, roubando a identidade de algum diplomata, tendo, assim, enormes possibilidades diante de si.
Pai João parece ter gostado da pergunta do nosso amigo, pois esboçou um sorriso amplo e, logo em seguida, respondeu:
-Bem, meu filho, o Alto conta com diversos recursos, inclusive a condição de também promover materializações, de usar essa possibilidade que o fenômeno oferece para materializar-se temporariamente no mundo e também apresentar suas ideias aos órgãos onde convém atuar. Isso é uma possibilidade, embora não precisemos usar artifícios análogos ao roubo de duplos etéricos, é evidente. Contamos com nossos médiuns doadores dos dois lados da vida. Todavia, essa não é uma pratica corriqueira, nem do nosso lado nem do lado da oposição, muito embora na atualidade temos observado bom numero de ensaios, por parte de entidades sombrias, visando se infiltrar entre os encarnados da forma como descrevi.
“De todo modo, diversos representantes nossos estão encarnados no mundo; através deles, como instrumentos nossos, exalamos nossas ideias de progresso, respeito, fraternidade e outras que nos convêm, de acordo com a politica do Cordeiro de Deus. Mas, se for necessário, com certeza o Alto pode muito bem empregar o recurso dos agêneres, uma vez que está dentro das leis naturais, embora pouco pesquisadas pelos irmãos espiritas e espiritualistas”.
“No passado, muitos povos foram visitados por representantes do mundo oculto, materializados como agêneres, que os visitaram e conviveram com os homens sem que suspeitassem estar recebendo seres elevados, temporariamente materializados. A Bíblia é cheia de referencias a esse respeito, e o próprio apóstolo Paulo nos fala, em sua carta aos Hebreus: ”Não vos esqueçais da hospitalidade, pois por ela alguns, sem o saber, hospedaram anjos.””

Fonte: A marca da Besta - O reino das sombras - vol. III
Robson Pinheiro - Pelo espirito Ângelo Inácio 
Ed. Casa dos Espiritos

Casa Espiritual Amor & Luz

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Reino das Sombras - Diálogo com Pai João de Aruanda - Part. I



Reino das Sombras
 Diálogo com Pai João de Aruanda      
  
Abaixo traremos um capítulo do Livro Marca da Besta de Robson Pinheiro, livro este bem como todos os outros deste mesmo autor recomendado para estudos mais aprofundados desanuviando as nossas mentes de preconceitos, e até mesmo de mentes ortodoxas a ponto de não compreenderem que tudo na vida evolui, dentre elas o campo de atuação dos conhecidos obsessores, e se nós queremos evitá-los, e sobretudo tratá-los nos casos de trabalhadores espíritas é mais do que necessário que conheçamos as suas novas investidas. Portanto, eis aqui uma grande oportunidade de aprender perante os ensinamentos de Pai João de Aruanda sobre os métodos de obsessão utilizados no reino das sombras.
A reunião ocorreu num ambiente previamente preparado do laboratório que agora servia de apoio para nossa equipe. Jamar, Edgar Gayce, Watab eu e mais de 60 outros espíritos nos reuníamos ali, procurando ouvir as explanações de Pai João de Aruanda, que nos auxiliava com respostas às inúmeras perguntas que haviam surgido a partir do contato com o sistema de poder no abismo, bem como ao refletir sobre seus métodos de ação sobre encarnados e desencarnados do planeta Terra. O tema escolhido por nós eram as obsessões complexas, tendo em vista tantas novas – e outras, nem tão novas, porém mais refinadas – que os habitantes das sombras estavam usando para influenciar os homens do mundo.
            Em meio aos equipamentos que encontramos e que os guardiões estavam estudando para avaliar o grau de desenvolvimento tecnológico alcançado pelos seres da oposição, nos acomodamos.
Dos espíritos presentes, Pai João parecia mais envolvido com os pensamentos dos Imortais que nos dirigiam de mais alto. Talvez ele fosse uma ponte ou um dos instrumentos mais sensíveis utilizados pelos benfeitores da humanidade a fim de nos conduzir e nos instruir.
            Assim que ele assumiu um lugar à frente do nosso grupo, foi logo interpelado a respeito do assunto escolhido como tema de nossa conversa:
-Verificamos nessas regiões do mundo extrafísico um esquema muito bem elaborado, sofisticado, até, no que tange aos processos de obsessão. Como você vê a questão do vampirismo,  da forma invulgar como a encontramos nesta dimensão? – perguntou um dos guardiões, mais interessados em seu trabalho junto aos encarnados.
Apreciando a pergunta do espírito, pai João demonstrou satisfação já no primeiro questionamento. Talvez devido à abrangência do assunto e sua importância vital para a situação das pessoas em geral, mas principalmente daqueles envolvidos na prática da mediunidade. Respirando fundo, João Cobú respondeu:
-O vampirismo não é um método simples de obsessão, uma vez que envolve uma intenção com requintes de crueldade por parte do espírito que o pratica. Eu também o classificaria como processo de extrema complexidade devido principalmente a certos fatores que envolvem esse tipo específico de obsessão. Por exemplo, o roubo de energia vital, ectoplasma e outros recursos anímicos da vitima ou alvo mental. Sem nos reportarmos aos vampiros modernos entre os encarnados, os quais se auto-obsidiam, podemos entender que, na dimensão em que nos encontramos, o processo de vampirismo energético se difere do chamado parasitismo exatamente pelo requinte, pela crueldade e extrema habilidade de seus artífices, que os tornam perigosíssimos para a sociedade de encarnados e desencarnados.
“Convencionalmente, vampirismo é o processo levado a cabo pelo espírito que se nutre de energias alheias ou as rouba com um propósito mais específico, seja para alimentar certas sensações próprias do corpo físico, perdido por ocasião da morte, seja para abastecer laboratórios de tecnologia astral, usando-as como combustível. Entretanto, o que descobrimos em nossas incursões à dimensão sombria foi algo mais complexo do que esse tipo de vampirismo, que, embora possa adquirir contornos graves, já é velho conhecido dos amigos espíritas e espiritualistas, nem que seja com outros nomes.
“Se formos analisar apenas o fenômeno de perdas e roubos energéticos, podemos verificar, meus filhos, que o vampirismo é o prosseguimento natural do parasitismo. Contudo, ao encontrarmos seres especializados no roubo de energias de natureza emocional e mental tanto quanto de conteúdo vital ou ectoplasmático, torna-se muito claro que a intensidade da ação infernal observada no vampirismo é diretamente proporcional à inteligência, à determinação e à consciência do espírito que pratica tal atrocidade, ou mesmo daqueles que a patrocinam. Há intenção consciente, deliberada e exercício de vontade firme ao perpetrar o mal. Portanto, essa intenção dos malfeitores aliada à tecnologia astral disponível é que ditará o grau de complexidade alcançado”.

Fonte: A marca da Besta - O reino das sombras - vol. III
Robson Pinheiro - Pelo espirito Ângelo Inácio 
Ed. Casa dos Espiritos

Casa Espiritual Amor & Luz

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Obsessão




Aqui trazemos alguns ensinamentos sobre a Obsessão, tema abordado por Andre Luiz em diversos de seus livros, dentre eles destacamos está abordagem.

 
PENSAMENTO E OBSESSÃO — O estudo da obsessão, conjugado à mediunidade, se realizado em maior amplitude, abrangeria o exame de quase toda a Humanidade terrestre.
Expressamos tal conceito, à face do pensamento que age e reage, carreando  para o emissor todas as fecundações felizes ou infelizes que arremessa de si  próprio, a determinar para cada criatura os estados psíquicos que variam segundo os tipos de emoção e conduta a que se afeiçoe.
Enquanto se não aprimore, é certo que o Espírito padecerá, em seu instrumento de manifestação, a resultante dos próprios erros. Esses  desajustes, como é natural, não se limitam à comunidade das células físicas, quando em disfunções múltiplas por força dos agentes mentais viciados e enfermiços; estendem-se, muito especialmente, à constituição do corpo espiritual, a refletir-se no cérebro ou gabinete complexo da alma, aí ocasionando os diversos sintomas de perturbação do campo encefálico, acompanhados dos fenômenos psico-sensoriais que produzem alucinações e doenças da mente.

PERTURBAÇÕES MORAIS — Não nos propomos analisar aqui as personalidades psicopáticas, do ponto de vista da Psiquiatria, nem focalizar as chamadas psicoses de involução, ou as demências senis, claramente necessitadas de orientação médica; recordaremos, contudo, que na retaguarda dos desequilíbrios mentais, sejam da ideação ou da afetividade, da atenção e da memória, tanto quanto por trás de enfermidades psíquicas clássicas, como, por exemplo, as esquizofrenias e as parafrenias, as oligofrenias e a paranóia, as psicoses e neuroses de multifária expressão, permanecem as perturbações da individualidade transviada do caminho que as Leis Divinas lhe assinalam à evolução moral. Enquanto se lhe mantém a internação no instrumento físico transitório, até certo ponto ela consegue ocultar no esconderijo da carne os resultados das paixões e abusos, extravagâncias e viciações a que se dedica.
Assim vive na paisagem social em que transita, até que, arredada de semelhante vaso pela influência decisiva da morte, não mais suporta o regime
de fantasia, obrigando-se a sofrer, em si própria, as consequências dos excessos e ultrajes com que, imprevidente, se desrespeitou.
Torturada por suas próprias ondas desorientadas, a reagirem, incessantes, sobre os centros e mecanismos do corpo espiritual, cai a mente nas desarmonias e fixações consequentes e, porque o veículo de células extrafisicas que a serve, depois da morte, é extremamente influenciável, ambienta nas próprias forças os desequilíbrios que a senhoreiam, consolidando-se-lhe, desse modo, as inibições que, em futura existência, dominar-lhe-ão temporàriamente a personalidade, sob a forma de fatores mórbidos, condicionando as disfunções de certos recursos do cérebro físico, por tempo indeterminado.

ZONAS PURGATORIAIS — Entendendo-se que todos os delinqüentes deitam de si oscilações mentais de terrível caráter, condensando as recordações malignas que albergam no seio, compreenderemos a existência das zonas  purgatoriais ou infernais como regiões em que se complementam as 83 temporárias criações do remorso, associando arrependimento e amargura, desespero e rebelião.
Na intimidade dessas províncias de sombra, em que se agrupam multidões de criminosos, segundo a espécie de delito que cometeram, Espíritos culpados, através das ondas mentais com que essencialmente se afinam, se comunicam reciprocamente, gerando, ante os seus olhos, quadros vivos de extremo horror, junto dos quais desvairam, recebendo, de retorno, os estranhos padecimentos que criaram no ânimo alheio.
Claro está que, embora comandados por Inteligências pervertidas ou bestializadas nas trevas da ignorância, esses antros jazem circunscritos no  Espaço, fiscalizados por Espíritos sábios e benfazejos que dispõem de meios precisos para observar a transformação individual das consciências em  processo de purificação ou regeneração, a fim de conduzi-las a providências compatíveis com a melhoria já alcançada.
Semelhante supervisão, entretanto, não impede que essas vastas cavernas de   tormento reeducativo sejam, em si, imensas penitenciárias do Espírito, a que se recolhem as feras conscientes que foram homens. AI permanecem detidas por guardas especializados, que lhes são afins, o que nos faz definir cada  «purgatório particular» como «prisão-manicômio», em que as almas embrutecidas no crime sofrem, de volta, o impacto de suas fecundações mentais infelizes.
Tiranos, suicidas, homicidas, carrascos do povo, libertinos, caluniadores, malfeitores, ingratos, traidores do bem e viciados de todas as procedências, reunidos conforme o tipo de falta ou defecção a que se renderam, se examinados pelos cientistas do mundo apresentariam à Medicina os mais extensos quadros para estudos etiológicos das mais obscuras enfermidades.
Deduzimos, assim, que todos os redutos de sofrimento, além-túmulo, não passam de largos porões do trabalho evolutivo da alma, à feição de grandes hospitais carcerários para tratamento das consciências envilecidas.

REENCARNAÇÃO DE ENFERMOS — Dos abismos expiatórios, volvem à reencarnação quantos se mostram inclinados à recuperação dos valores morais em si mesmos.
Transportados a novo berço, comumente entre aqueles que os induziram à queda, quando não se vêem objeto de amorosa ternura por parte de corações que por eles renunciam à imediata felicidade nas Esferas Superiores, são resguardados no recesso do lar.
Contudo, renascem no corpo carnal espiritualmente jungidos às linhas inferiores de que são advindos, assimilando-lhes, facilmente, o influxo aviltante.
Reaparecem, desse modo, na arena física. Mas, via de regra, quando não se mostram retardados mentais, desde a infância, são perfeitamente classificáveis entre os psicopatas amorais, segundo o conceito da «moral insanity», vulgarizado pelos ingleses, demonstrando manifesta perversidade, na qual se
revelam constantemente brutalizados e agressivos, petulantes e pérfidos, indiferentes a qualquer noção da dignidade e da honra, continuamente dispostos a mergulhar na criminalidade e no vício.
Aqueles Espíritos relativamente corrigidos nas escolas de reabilitação da Espiritualidade desenvolvem-se, no ambiente humano, enquadráveis entre os psicopatas astênicos e abúlicos, fanáticos e hipertímicos, ou identificáveis como representantes de várias doenças e delírios psíquicos, inclusive 84 aberrações sexuais diversas.

OBSESSÃO E MEDIUNIDADE — Tais enfermos da alma, tantas vezes submetidos, sem resultado satisfatório, à insulina e à convulsoterapia, quando
recomendados ao auxílio dos templos espíritas, poderão ser tidos como médiuns? Sem dúvida, são médiuns doentes, afinizados com os fulcros de sentimento desequilibrado de onde ressurgiram para novo aprendizado entre os homens.
Por certa quota de tempo, são intérpretes de forças degradadas, às quais é preciso opor a intervenção moral necessária, do mesmo modo que se prescreve medicação aos enfermos.
Trazendo consigo as sequelas ocultas da internação na província purgatorial, de que volvem pela porta do berço terrestre, exteriorizam ondas mentais viciadas que lhes alentam as disfunções dos implementos físicos, ondas essas pelas quais recolhem os pensamentos das entidades inferiores a lhes constituírem a cobertura da retaguarda.
Apesar disso, devem ser acolhidos nos santuários do Espiritismo por medianeiros de planos que é preciso transformar e ajudar, porquanto um Espírito renovado para o Bem — Lei do Criador para todas as criaturas — é peça importante para o reajustamento geral dessa ou daquela engrenagem conturbada na máquina da vida.

DOUTRINA ESPIRITA — Forçoso é considerar que a atividade religiosa, digna  e venerável, em qualquer setor da edificação humana, exprime socorro celeste  aos desajustes morais de quantos se demoram na reencarnação, buscando a  restauração precisa.
E, compreendendo-se que elevada percentagem das personalidades humanas traz, no imo do próprio ser, raízes e brechas de comunhão com o pretérito de sombra, através das quais são suscetíveis de sofrer os mais estranhos processos de obsessão oculta — a se reavivarem, constantes, nos diversos períodos etários que correspondem ao tempo de formação dos débitos cármicos que buscam equacionar no corpo terrestre —, é justo encarecer, assim, a oportunidade e a excelência do amparo moral da Doutrina Espírita, como sendo o recurso mais sólido na assistência às vítimas do desequilíbrio espiritual de qualquer matiz, por oferecer-lhes, no estudo nobre e no serviço  santificante, o clima indispensável de transmutação e harmonização, com que
se recuperem, no domínio dos pensamentos mais íntimos, para assimilarem a
influência benéfica dos agentes espirituais da necessária renovação.
Fonte: Mecanismos da Mediunidade - Andre Luiz - Franscisco C. Xavier - Feb

Que possamos refletir em nossas atitudes, palavras e pensamento, buscando sempre o nosso aprimoramento moral e espiritual.

Casa Espiritual Amor & Luz

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Provações


Indaga você das razões que induzem o Divino Poder a conservar uma pobre jovem, vestida de chagas, num catre humilde, relegada à assistência pública. E acrescenta: "Por que motivo expor uma infeliz menina a semelhante flagelação? Não haverá misericórdia para os seres que se arrastam na pobreza, quando há tantos sinais de socorro celeste, na casa dos felizes, aquinhoados pelo conhecimento superior e pela mesa farta?

"Não fora a reencarnação, chave do crescimento espiritual e do soerguimento redentor para todas as esferas da vida terrestre, e as suas perguntas seriam realmente irrespondíveis.

Entretanto, meu amigo, a existência humana, em seus fundamentos, obedece aos comezinhos princípios de lógica e harmonia que prevalecem na sementeira vulgar. Enquanto não cultivarmos a gleba planetária, em toda a sua extensão, seremos defrontados pela terra desventurada, aqui ou ali, povoada de serpentes traiçoeiras ou vitimada por imensas feridas de erosão. Se não plantamos com acerto, não colheremos irrepreensivelmente, e, se nos despreocupamos da vegetação daninha ou inútil, viveremos incomodados pelos cipoais e pelos espinheiros de toda sorte.

Espanta-se você, ante a dor, mas não se reporta aos débitos contraídos. Vê a cinza e não recorda o incêndio que a produziu.
Em matéria de compromissos não resgatados e de sofrimentos que os seguem, somos surpreendidos pelos remanescentes de nossos velhos delitos, à maneira do crente em desespero, constrangido a recolher os pedaços dos próprios ídolos, que o tempo esfacelou em sua marcha invariável.

É a Lei que se cumpre, harmoniosa e calma. E não me diga que há desequilíbrios nos processos em que funciona, porque, na atualidade do mundo, temos a considerar a questão da "massa" e o problema do "resíduo".

A evolução garante novos panoramas ao direito, mas ainda explodem guerras pela hegemonia da força; a ciência resolveu os enigmas da alimentação, entretanto, ainda há quem morre de fome pelas úlceras do duodeno; a liberdade triunfou sobre a escravidão, contudo, ainda existem milhões de encarcerados na superfície da Terra, e, se é indubitável que o duelo e o envenenamento fugiram dos costumes tribais nos povos mais cultos, as mortes violentas e deploráveis continuam, aos milhares por ano, na própria engrenagem da maquinaria do progresso.

Tenho reencontrado amigos de outras eras que, endividados perante os tribunais da justiça Divina pelas fogueiras que atearam no passado às vítimas do seu desafeto, padecem hoje o "fogo selvagem" na intimidade da organização fisiológica, em que retornaram à experiência física, porque a vanguarda moral do mundo não mais tolera a perseguição religiosa ou a desvairada tirania política, e tenho desfrutado a reaproximação com inolvidáveis companheiros do pretérito que, habituados a dilacerar a carne dos adversários, pelo simples prazer de ferir, contemplam, agora, a ruína do próprio corpo, nas aflitivas amarguras de leprosários e sanatórios.
A fogueira que extingue a dívida chama-se hoje "pênfigo foliáceo", e o golpe de ontem, sangrando os que sangraram, é conhecido por "bacilo de Hansen".

No fundo, porém, meu amigo, tudo é reajuste benéfico.
Imagine a vida na Terra como sendo um manancial imenso, de cujos bordos se derramam correntes cristalinas em todas as direções: é a "massa" progredindo, valorosa, na direção de sublimes horizontes.

E pensemos em nós, indivíduos arraigados ainda ao mal, como sendo o lodo das margens ou a lama do fundo: é o "resíduo" estacionário, sofrendo a necessidade de grandes transformações.
Semelhante quadro fornece pálida notícia da verdade.

Assim sendo, que Deus nos fortaleça e abençoe no caminho da purificação.

Humberto de Campos
Cartas e Crônicas - Francisco C. Xavier

Casa Espiritual Amor & Luz

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Sobre a Alimentação do Homen


Em conversa com os espíritos abordamos o tema da nossa alimentação, mas especificamente a cerca da alimentação carnívora, onde os mesmo nos fizeram refletir a cerca do ensinamento do Mestre Jesus.

 “Não é o que entra pela boca que contamina o homem;
mas o que sai da boca, isso é o que o contamina”

Diante dessa dissertativa refletimos que a nossa alimentação tem que condizer com o nosso grau de consciência e a nossa postura intima. À medida que o ser busca o seu aprimoramento e aperfeiçoamento moral deve ele procurar alimentar - se de acordo com seus valores e sua conciência, procurando privar dos sofrimentos nossos irmãos menores, os animais.

Apontamentos de Allan Kardec

Livro dos Espíritos - Part. 3 cap. V itens 723 - 724 

723. A alimentação animal é, com relação ao homem, contrária à lei da Natureza?

“Dada a vossa constituição física, a carne alimenta a carne, do contrário o homem perece. A lei de conservação lhe prescreve, como um dever, que mantenha suas forças e sua saúde, para cumprir a lei do trabalho. Ele, pois, tem que se alimentar conforme o reclame a sua organização.”

724. Será meritório abster-se o homem da alimentação animal, ou de outra
qualquer, por expiação?

“Sim, se praticar essa privação em benefício dos outros. Aos olhos de Deus, porém,
só há mortificação, havendo privação séria e útil. Por isso é que qualificamos de hipócritas os que apenas aparentemente se privam de alguma coisa.”
                                                                              
Revista Espírita 1863.
Sociedade de Paris, 4 de julho de 1862. - Médium, Sr. A. Didier.


Sobre a alimentação do homem.

O sacrifício da carne foi severamente condenado pelos grandes filósofos da antigüidade. O Espírito elevado se revolta à idéia do sangue, e sobretudo à idéia de que o sangue é agradável à Divindade. E notai bem que não é aqui, de nenhum modo, a questão dos sacrifícios humanos, mas unicamente dos animais oferecidos em holocausto. Quando o Cristo veio anunciar a Boa Nova, não ordenou o sacrifício do sangue: ocupou-se unicamente do Espírito. Os grandes sábios da antigüidade tinham igualmente horror dessas espécies de sacrifícios, e eles mesmos não se alimentavam senão de frutas e de raízes.
Sobre a Terra, os encarnados têm uma missão a cumprir; têm o Espírito que é necessário nutrir com o Espírito, o corpo com a matéria; mas a natureza da matéria influi, se o concebe facilmente, sobre a espessura do corpo, e, por conseguinte, sobre a manifestação do Espírito. Os temperamentos naturalmente bastante fortes para viverem como os anacoretas fazem bem, porque o esquecimento da carne conduz mais facilmente à meditação e à prece. Mas para viver assim, seria preciso geralmente uma natureza mais espiritualizada do que a vossa, o que é impossível com as condições terrestres; e como, antes de tudo, a natureza jamais faz algo de insensato, é impossível, para o homem, submeter-se impunemente a essas privações. Pode-se ser bom cristão e bom Espírita e comer à sua maneira, contanto que seja um homem razoável.
LAMENNAIS.


Assim podemos observar que a nossa alimentação é uma questão de consciência, e que influencia diretamente em nossa constituição física e espiritual, e que á medida que o ser se transforma e evolui a sua alimentação deve condizer com os propósitos espirituais que o próprio busca, desta forma nos colocamos em uma postura fraternal onde pregamos a caridade e o amor fraterno, então não convêm mais continuarmos patrocinando e nos deliciando com o massacre e as formas brutais de agressões não só aos animais, mas também ao nosso meio ambiente, pois os prejuízos causados pelo patrocínio deste desejo insaciável que temos é pouco divulgado, mesmo nós tendo alcançado grandes conhecimentos ainda nos assemelhamos aos bárbaros da antiguidade, mas com os requintes dos temperos de hoje.

Indicações para mais esclarecimentos

  • Fisiologia da Alma, Ramatís, psicografia de Hercílio Maes, , Ed. Conhecimento, 15ª Edição
  • O Consolador, Emmanuel, psicografia de F. C. Xavier,  FEB, 20ª Edição (1999).
  • Missionários da Luz, André Luiz, psicografia de F. C Xavier,  FEB, 26ª Edição (1995).

Filme: A carne é Fraca
Link do filme no you tube - 6 partes.


quarta-feira, 11 de maio de 2011

A Cerca do Passe


1. Magnetismo e Espiritismo são a mesma coisa? 

R - Já possuímos matéria suficiente para sustentarmos estar em equívoco aquele que afirmar sejam o magnetismo e o Espiritismo a mesma coisa, pois, da última colocação kardequiana se depreende que o primeiro, como ciência, participa da Ciência Espírita e não que esta esteja contida nos estreitos limites daquela outra. Não são a mesma coisa, afirmamos; nem por definição, nem por meios, nem por objetivos; apenas o magnetismo, com suas técnicas e experiências, viabilizou, no meio científico da época, o reconhecimento da existência de outras forças, energias, fluidos, que desaguaram, via sonambulismo, nas provas da existência do Espírito.
Mas, para que não haja dúvidas, eis a primeira definição de Allan Kardec sobre o Espiritismo: A doutrina espírita ou o Espiritismo tem por princípio as relações do mundo material com os Espíritos ou seres do mundo invisível. Os adeptos do Espiritismo serão os espíritas, ou, se quiserem, os espiritistas”. Vemos que dessa definição não há como igualar tal Ciência - que é também Filosofia e Religião - ao magnetismo, cujos seguidores são chamados de magnetizadores.
Há, entretanto, estreitas ligações entre as duas ciências. E quem faz uma notável ligação entre o Espiritismo e o Magnetismo é o Espírito E. Quinemant que, quando encarnado, segundo suas próprias palavras, ocupou-se com a prática do magnetismo material. Assim se expressa ele: “O Espiritismo não é, pois, senão o magnetismo espiritual, e o magnetismo não é outra coisa senão o Espiritismo humano. (...) O magnetismo é, pois, um grau inferior do Espiritismo (...)”.

2. E em relação ao passe propriamente dito, seriam ele e o magnetismo a mesma coisa?

R - A resposta continua negativa, pois, se para o magnetismo o passe é uma técnica de movimentação de mãos, para o passe (espírita) o magnetismo é uma fonte de técnicas de transferências fluídicas. Atentemos, todavia, para o que nos diz Allan Kardec: “O conhecimento dos processos magnéticos é útil em casos complicados, mas não indispensável”56; isto nos sinaliza, inclusive, que nem sempre o passe se recorre do magnetismo como técnica.
Em síntese, todo passista (espírita) é, no fundo, um magnetizador mas nem todo magnetizador é um passista (espírita).

3. E a magnetização e o hipnotismo são iguais, são uma mesma ciência?

R - Trata-se de outro equívoco pensar-se assim. Embora não estejamos estudando o hipnotismo, é da própria história dessa ciência que ela surgiu em decorrência das práticas magnéticas, como uma experimentação, poderíamos dizer, especializada, de partes daquela. O hipnotismo, usando uma linguagem bem coloquial, é “filho” direto do magnetismo como o é o “sonambulismo provocado” “O próprio Braíd (chamado o pai do hipnotismo) reconheceu em sua Neurhypnologie que os procedimentos hipnóticos não determinavam absolutamente todos os fenômenos produzidos pelos magnetizadores”57, evidenciando, assim, o caráter de menor eficiência destes, em termos gerais, que daquele causa.

4. Já que o magnetismo é usado no passe, isso implicará que devamos usar também o hipnotismo nos nossos passes?

R - De forma alguma. O Espírito Emmanuel, introduzindo André Luiz no livro “Mecanismos da Mediunidade”, enfatiza que mesmo tendo aquele estudado o hipnotismo “Para fazer mais amplamente compreendidos os múltiplos fenômenos da conjugação de ondas mentais, além de com isso demonstrar que a força magnética é simples agente, sem ser a causa das ocorrências medianímicas, nascidas, invariavelmente, de espírito para Espírito”, não recomenda. “De modo algum, a prática do hipnotismo em nossos templos Espíritas”.
Completemos nossa resposta com Michaelus: “Deixemos as drogas e os tóxicos para os hipnotizadores e reservemos para os magnetizadores a medicina do Espírito, pois na alma se concentra toda a sua força e todo o seu poder”.

5. Mas, algumas pessoas advogam que durante ou após o passe, certos pacientes se sentem “diferentes”, como no hipnotismo.

R - Sem entrar nos aspectos espiríticos da questão, vejamos o que nos diz o renomado Dr. Jorge Andréa: “Não pretendemos negar que a hipnose determina, realmente, inibição de centros nervosos, zonas e mesmo regiões” mas, esclarece ele, “isso é uma conseqüência natural do desenvolvimento de mecanismo hipnótico”60. Não é correto, portanto, que apressadamente se infira dos fatos do hipnotismo, sua equivalência, por suas reações (diversas, por sinal), com os passes. Mero desconhecimento de causa que não justifica o equívoco. Hermínio Correia de Miranda, quando liga o magnetismo ao hipnotismo, nos esclarece com sua síntese peculiar: “Magnetismo, a nosso ver, é a técnica do desdobramento provocado por meio de passes e/ou toques, enquanto a hipnose ficaria adstrita aos métodos de sugestão (...)”.

6. É o passe uma invenção do Espiritismo?

R - Garantimos que, em princípio, o Espiritismo nunca “inventou” nada nem tampouco “criou” coisas usualmente a ele atribuídas. Pelas definições e menções apresentadas neste capitulo, fica evidente que o passe, suas técnicas e seu conhecimento remontam à mais longínqua antiguidade. A Doutrina Espírita apenas estudou o magnetismo e suas aplicações, estuda e continuará estudando suas causas e efeitos, tendo chegado a grandes conclusões, notadamente no que diz respeito ao seu uso para o bem dos Espíritos, tanto encarnados quanto desencarnados, dando-lhes emprego sério e útil, e incentivando sua prática dentro dos princípios cristãos e nos limites da pureza doutrinaria espírita, lembrando aos seus praticantes, como o fez o Cristo: “(...) De graça recebestes, de graça dai”.

7. É o passe magia? Por quê?

R - Não. Porque o passe não se utiliza de fetichismos, não é dogmático, não compactua com Espíritos inferiores para obtenção de favores, quer materiais, quer espirituais, nem se compromete com ritualismos. Não incita adoração a santos ou mitos nem requer pagamentos ou oferendas. Se nos permitimos uma definição  própria, o passe é um dos veículos de que se utilizam os Bons Espíritos para atender aos necessitados, de acordo com a vontade de Deus, e não para atender aos homens, segundo nossos, quase sempre, pueris caprichos e mesquinhas imposições.

8. Como o passe, muitas vezes, usa das técnicas do magnetismo e das colocações kardequianas, entendemos que tanto há fluidificação espiritual como animal (do homem) e mista, isso quer dizer que no passe tanto há mediunismo quanto animismo?

R - Estabeleçamos primeiro que animismo não é, necessariamente, sinônimo de mistificação; animismo é a projeção ou a manifestação do Espírito do próprio médium por seu próprio corpo ou, ainda, o uso das energias fluídicas de si por si mesmo. Por outro lado, mediunidade existe quando há relação entre homem encarnado e Espírito desencarnado. Por isso podemos dizer, teoricamente, que o passe só é anímico quando o mesmo é aplicado por um magnetizador, com uso exclusivo de suas energias vitais, sem a interferência dos Espíritos (como se isso fosse possível). Mas, pelo que nos asseveram os Espíritos, quando respondendo a Kardec, nos asseguram que eles influem em nossos atos e pensamentos “Muito mais do que imaginais (...) a tal ponto que, de ordinário, são eles que vos dirigem”, forçoso é concluirmos que não há magnetismo puro (quer  dizer, sem intervenção espiritual), assim como também não há o nimismo puro. A própria definição de passe vista anteriormente no item “2.1 - Dos Dicionários e Enciclopédias”, sob a referência número 27, já nos sugere isso. E, se não bastasse, sigamos Allan Kardec mais uma vez, quando ele pergunta aos Espíritos:
“Há, entretanto. bons magnetizadores que não crêem nos Espíritos?
“Pensas então que os Espíritos só atuam nos que crêem neles? Os que magnetizam para o bem são auxiliados por bons Espíritos. Todo homem que nutre o desejo do bem os chama, sem dar por isso, do mesmo modo que, pelo desejo do mal e pelas más intenções chama os maus”.

9. Passistas e médiuns curadores são a mesma coisa?

R - Se bem possam, em determinadas situações, se confundirem, não são necessariamente a mesma coisa pois o passista nem sempre é um médium curador no sentido maior do termo, enquanto que todo curador, posto que sempre usa alguma técnica de passe, é passista, ressalvando-se, contudo, que aqui importa distinguir passista de passista Espírita.
Quando Allan Kardec definiu médiuns curadores, disse que esses são “Os que têm o poder de curar ou de aliviar o doente, pela só imposição das mãos, ou pela prece.
“Essa faculdade não é essencialmente mediúnica: possuem-na todos os verdadeiros crentes, sejam médiuns ou não. As mais das vezes, é apenas uma exaltação do poder magnético, fortalecido, se necessário, pelo concurso de bons Espíritos”.
Percebemos assim que, no primeiro parágrafo, ele parece se referir ao passista espírita, enquanto que no segundo se referencia ao magnetizador, ao médium curador. De uma forma ou de outra, não faz grande diferença essa conceituação pois o que mais importa é a ação do passe, e Espírita, de preferência.

10. Magnetismo e magnetoterapia são a mesma ciência?

R - Não, não o são. Enquanto que o magnetismo lida com os fluidos animais (humanos), a magnetoterapia se utiliza dos ímãs ou materiais inorgânicos portadores de magnetismo. Enquanto a primeira se baseia no homem como fonte, a segunda tem sua base nos metais; a primeira requer, mesmo no magnetismo puro, um bom posicionamento de moral e equilíbrio do aplicador, enquanto a segunda, nem sempre.

11. É o magnetismo humano (animal), o mesmo dos ímãs ou do resultante das correntes elétricas?

R - Não. No magnetismo humano se percebe e se constata a existência de um componente anímico que não participa das outras modalidades de magnetismo. Outrossim, no magnetismo dos ímãs e dos oriundos dos campos energizados por eletricidade, obtêm-se padrões e quantidades invariável e fisicamente mensuráveis, abstração feita as variações previstas e determinadas; no magnetismo humano os valores são extremamente flexíveis e variáveis não apenas por condições físico-químicas e orgânicas mas igualmente por influências psíquicas e espirituais.

12. Existe diferença entre passes e imposição de mãos?

R - Em termos espíritas, passes tanto pode ser entendido como o conjunto de recursos de transferências fluídicas levadas a efeito com fins fluidoterápicos, como uma das maneiras pela qual se faz tais transferências. No primeiro caso, a imposição de mãos seria um dos recursos; no segundo, uma das maneiras.
Assim sendo, de forma literal, passe e imposição de mãos não são a mesma coisa; em termos de uso, contudo, tem-se a imposição de mãos como uma técnica de passe66. Tanto que é comum se falar de um querendo-se dar a entender o outro.
De outra forma, observemos a ponderação de nossa contemporânea Dalva Silva Souza, em excelente artigo publicado em “Reformador”: “A palavra (passe) é um deverbal de passar, verbo que, sem dúvida, transmite a idéia de MOVIMENTO”67. Por outro lado, “imposição de mãos” já deixa bem induzido que se trata de atitude estática, sem movimento, posto que, derivado do verbo impor, imposição, nesse sentido, quer dizer: ato de fixar, estabelecer.

Outras dúvidas e equívocos, por certo, existirão. Mas, se não temos a pretensão de esgotar o assunto, nos resta a certeza de que ao longo desta obra, muitas questões serão resolvidas e vários problemas ganharão solução. Por outro lado, se novas dúvidas surgirem, como resultado da reflexão, do estudo, da análise e do raciocínio, é sinal de que teremos alcançado um bom “primeiro porto”, do qual, após o reabastecimento em novas pesquisas, partiremos buscando, juntos, novos e  promissores horizontes, tudo em nome do Evangelho.
Fonte:
O Passe: Seu estudo / Suas técnicas / Suas Práticas
Jacob Melo - Feb


"E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho
isto te dou. Em nome de Jesus-Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda”.
(Atos, 3:6)

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