Pergunta - O Espírito que animou o corpo de um homem pode animar o de
uma mulher, numa nova existência, e vice-versa?
Resposta - Sim, pois são os mesmos os Espíritos que animam os homens e as
mulheres. Item nº 201 de "O livro dos espíritos". Ante os problemas do sexo, é forçoso
lembrar que toda criatura traz os seus temas particulares, com referência ao assunto.
Atendendo à soma das qualidades adquiridas, na fieira das próprias reencarnações, o
Espírito se revela, no Plano Físico, pelas tendências que registra nos recessos do ser,
tipificando-se na condição de homem ou de mulher, conforme as tarefas que lhe cabe
realizar. Além disso a individualidade, muitas vezes, independentemente dos sinais
morfológicos, encerra em si extensa problemática, em se tratando de vinculações e
inclinações de caráter múltiplo. Cada pessoa se distingue por determinadas
peculiaridades no mundo emotivo. O sexo se define, desse modo, por atributo não
apenas respeitável mas profundamente santo da Natureza, exigindo educação e controle.
Através dele dimanam forças criativas, às quais devemos, na Terra, o instituto da
reencarnação, o templo do lar, as bênçãos da família, as alegrias revitalizadoras do afeto
e o tesouro inapreciável dos estímulos espirituais. Desarrazoado subtrair-lhe as
manifestações aos seres humanos, a pretexto de elevação compulsória, de vez que as
sugestões da erótica se entranham na estrutura da alma, ao mesmo tempo que seria
absurdo deslocá-lo de sua posição venerável, a fim de arremessá-lo ao campo da
aventura menos digna, com a desculpa de se lhe garantir a libertação. Sexo é espírito e
vida, a serviço da felicidade e da harmonia do Universo. Conseguintemente, reclama
responsabilidade e discernimento, onde e quando se expresse. Por isso mesmo, nossos
irmãos e nossas irmãs precisam e devem saber o que fazem com as energias genésicas,
observando como, com quem e para que se utilizam de semelhantes recursos,
entendendo-se que todos os compromissos na vida sexual estão igualmente
subordinados à Lei de Causa e Efeito; e, segundo esse exato princípio, de tudo o que
dermos a outrem, no mundo afetivo, outrem também nos dará.
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