O espírito de Jesus,
verberando a descrença do apostolo Tomé, disse-lhe: “Porque me viste, Tomé,
creste; bem-aventurados os que não viram e creram”. É obvio que, empregando
essa linguagem para com um dos seus discípulos, o Senhor não teve a intenção de
recomendar que se devesse aceitar tudo cegamente, o que seria a consagração da
fé cega. A fé verdadeira e inabalável, conforme preceituou Kardec, é aquela que
pode enfrentar a razão face a face em todas as etapas da humanidade.
O apostolo Tomé conviveu com
o Mestre, presenciou todos os seus ensinamentos, assistiu a fenômenos supranormais
operados por seu intermédio e sobretudo ouviu os seus vaticínios sobre o
cumprimento da sua missão, inclusive o quadro apoteótico, que foi a demonstração
do “tumulo vazio” com o seu consequente reaparecimento, em Espírito, alguns
dias após a crucificação. No entanto, tendo o Espírito de Jesus aparecido aos
demais apóstolos num momento quando Tomé não estava entre eles, quando este
voltou, informado pelos dez apóstolos sobre o fato, não acreditou, afirmando: “se
não vir o sinal dos cravos em suas mãos e não puser o dedo no lugar do cravos,
e a mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei”.
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