terça-feira, 21 de agosto de 2012

Crença parte II


O espírito de Jesus, verberando a descrença do apostolo Tomé, disse-lhe: “Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram”. É obvio que, empregando essa linguagem para com um dos seus discípulos, o Senhor não teve a intenção de recomendar que se devesse aceitar tudo cegamente, o que seria a consagração da fé cega. A fé verdadeira e inabalável, conforme preceituou Kardec, é aquela que pode enfrentar a razão face a face em todas as etapas da humanidade.

O apostolo Tomé conviveu com o Mestre, presenciou todos os seus ensinamentos, assistiu a fenômenos supranormais operados por seu intermédio e sobretudo ouviu os seus vaticínios sobre o cumprimento da sua missão, inclusive o quadro apoteótico, que foi a demonstração do “tumulo vazio” com o seu consequente reaparecimento, em Espírito, alguns dias após a crucificação. No entanto, tendo o Espírito de Jesus aparecido aos demais apóstolos num momento quando Tomé não estava entre eles, quando este voltou, informado pelos dez apóstolos sobre o fato, não acreditou, afirmando: “se não vir o sinal dos cravos em suas mãos e não puser o dedo no lugar do cravos, e a mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei”.

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