quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Carne-vale... Carnaval



É muito freqüente nos depararmos com a pergunta: - O que o espiritismo pensa acerca do Carnaval? Tendo seu inicio no Antigo Egito como forma de devoção ao Deus Osíris o Carnaval também  ocorria em festas periódicas na Grécia e Roma e, já na versão moderna vem representando os 40 dias da quaresma – período este que era comum o jejum e adoração aos deuses. Carnaval significa “carne pode” (há outras versões acerca deste significado, pois há controvérsias mas todos significados muito próximos um do outro) e é justamente isso que infelizmente ocorre neste período de festa onde se compreende que a carne, o corpo físico tudo pode e é aqui que vemos tantos acidentes de transito, tanto sexo desenfreado, a propagação de doenças sexualmente transmissíveis, e como resultado disso inúmeras mulheres realizando abortos por conta das noites impensadas em que se comemorava o Carnaval – é fato que a festa em si não apresenta estas conseqüências mas o mal uso que muitas pessoas fazem dela.

Mas também vemos que neste período muitas Casas, Centros e Templos Espiritualistas deixam de realizar os seus atendimentos, pois muitos acreditam que “os demônios estão a solta” e não compreendemos que na verdade os demônios estão dentro de nós basta descuidarmos de nossos pensamentos para que isso aconteça, é fato que em termo de energia possivelmente chegam a se modificar pois poucas mentes neste período permanecem em vigília, em oração, geralmente se pensa na festa não como algo proveitoso para o próprio espírito oferecendo alegria, mas como vimos acima o momento da “carne pode” e aí o trabalho da espiritualidade é muito mais intenso, mas ainda assim que acreditássemos nesta idéia de que os demônios ficam a solta e que é preciso fechar as Casas Religiosas ficaria muito contraditório pensarmos que por conta disso não se tem atendimento a quem procura auxilio, significa então que o  País esta tomado pelo mal e o bem vai ficar recluso, assistindo a tudo sem nada fazer? São tantas coisas ilógicas que às vezes nos perguntamos será que as pessoas refletem mesmo sobre suas atitudes? Enfim, fato é que neste período e no que se sucede muitos “foliões desorientados” recorrem a ajuda espiritual por conta dos exageros cometidos muitas vezes pelos excessos do álcool dentre outras drogas. Então nos perguntamos: estas pessoas não terão atendimento porque os Dirigente preferem manter as suas portas fechadas neste período? Que tipo de insegurança é essa que permite que não confiem na Proteção da Espiritualidade? Vamos refletir se é justamente neste momento que não se deve realizar a caridade, será que não é quando mais se precisa que as portas precisam estar abertas? Caridade não escolhe dia, hora e nem lugar!

De um modo geral não quer dizer que não podemos festejar, nos alegrar neste período de festa, muitos encaram que espíritas não podem ser alegres devem ter uma postura mais seria, mais ranzinza, mas de onde vem a afirrmação que o ser espiritualizado não é feliz? Mais um motivo para reflexão, o ser verdadeiramente espiritualizado irradia a sua alegria e amor a quem quer que esteja ao seu lado. Portanto, nós podemos sim comemorar o Carnaval, esta festa colorida, alegre, que vem também representada nos desfiles mais ativamente em São Paulo e Rio de Janeiro que traz e trouxe neste ano imagens bonitas de fé, homenageando também brasileiros especiais como Jorge Amado, Candido Portinari – reforçando e valorizando a cultura brasileira -  o sincretismo religioso, sendo assim o uso que alguns fazem desta festa é que se torna um problema.

Estas palavras tem como objetivo fazer-nos refletir já que todos os anos as mesmas perguntas giram em torno deste Evento, o importante é sempre considerarmos que são os nossos pensamentos e atitudes que nos definem e, comemorar, se alegrar com responsabilidade, sabedoria não há problema algum. Sejamos felizes não somente neste período mas em todos os momentos de nossas vidas, vamos cultivar a alegria, o colorido do Carnaval em nossos corações e, assim nenhum mal irá nos acometer só porque é Carnaval.  

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