sábado, 4 de fevereiro de 2012

VIROU MODA TER "ENCOSTO"


Perguntas e respostas retiradas do Livro Magos Negros de Robson Pinheiro pelo Espírito Pai João de Aruanda


1-    Como podemos entender a atitude de certas pessoas que confundem a influencia energética, ou nem sequer a admitem, e atribuem a espíritos ou a feitiços todo o mal-estar que as acomete?


Geralmente essas são pessoas mais místicas, que tendem a buscar a culpa pelo que sentem em um evento externo – seja em uma inteligência ou um desencarnado, seja em um ato de magia que alguém fez contra ela – em vez de assumir a responsabilidade tanto por seus atos quanto por suas derrotas, seus problemas e dificuldades. Essa atitude constitui uma forma de boicote inconsciente a que a pessoa se entrega e, pouco a pouco, torna-se habito. A mente enferma ou viciada, ou, ainda, embriagada na ilusão de atribuir todo e qualquer infortúnio a um agente externo, a um mal espiritual, vive procurando culpados ou responsáveis, enquanto ela própria fica a maior parte do tempo se desculpando. Trata-se de indivíduos com vasta problemática emocional e psíquica, que reclamam mais os cuidados de um bom psicólogo ou psiquiatra, capaz de induzi-los à reflexão sobre a gênese e a solução de suas dificuldades, e não de um médium ou espírito para pretensamente resolver suas queixas.



2-    E quando aparecem pessoas com tais características no centro espírita, como devemos tratá-las?


Infelizmente, grande parte de meus filhos ainda não tem conhecimentos sobre certas questões emocionais e psicológicas. Na ânsia de auxiliar, muita gente com boa vontade encaminha pessoas com esse perfil  místico para as reuniões mediúnicas, a fim de desenvolverem sua suposta faculdade psíquica, ou mesmo visando ao tratamento desobsessivo, que teria por finalidade retirar o “encosto” ou obsessor que as assedia.

Em ambos os casos, trata-se de um equivoco que pode trazer conseqüências indesejadas. O individuo com serio transtorno emocional e psicológico, ou mesmo o paciente psiquiátrico em potencial, quando é levado ao desenvolvimento da mediunidade, normalmente desenvolve também o conflito, a problemática. Por outro lado, se o encaminhamos à pratica mediúnica visando ao tratamento desobsessivo, o trabalho fica incompleto e corre-se o risco de impressionar ainda mais o sujeito, pois esse tipo de doente da alma apresenta, na maioria das vezes, uma mente impressionável. Temos de convir que esses casos que nos chegam à casa espírita até podem ser atenuados com os passes, o magnetismo curador, a conversa fraterna e amiga, mas são dificuldades que exigem acompanhamento terapêutico com psicólogo e, dependendo da gravidade, com psiquiatria.


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