sábado, 25 de fevereiro de 2012

Não utilizemos bombas e armas para dominar o mundo. Vamos usar amor e compaixão.



“A paz começa com um sorriso. Sorria cinco vezes por dia para alguém a quem não gostaria de sorrir; faça isso pela paz. Então, vamos irradiar a paz de Deus e acender a sua luz e extinguir do mundo, e dos corações de todos os homens, todo o ódio e o amor pelo poder”.


O homem construiu bombas e tenta dominar o mundo. Por trás de todo esse esforço, está o dinheiro – aquele que manipula e usa o próprio homem, em vez de ser usado por este. Quem é o dono de quem? Quem domina e quem é dominado: o dinheiro ou o homem?
Dominar, manipular ou obedecer são invenções de homens escravizados pelo poder de Mamon, os quais não tem forças para se libertar de sua Mao ingrata, mantendo-se algemados às correntes de sangue, situação que se agrava na proporção de sua sede de domínio e mando.
Acredito firmemente que a humanidade precisa de um fardo mais leve e de um jugo mais suave: a compaixão. Existe muito sofrimento, e muitas lagrimas já se derramaram  mundo afora em nome de políticas fracassadas e de políticos interesseiros.
Homens aparentemente simples procuram votos do povo. Dão as mãos aos pobres e beijam as crianças em suas campanhas; prometem o combate à fome e à violência; distribuem misérias, migalhas para os mais miseráveis do que eles, com o intuito de serem, mais tarde, coroados com os louros de César. Assumem o poder e vendem-se pelo preço mais interessante. Juntamente consigo, vendem a terra em que pisam. Comprometem as gerações futuras abrindo mão tanto de valores como de riquezas, que deveriam ser administradas pelo povo e seus representantes mais legítimos e valorosos. Traem os tratados e as promessas, negligenciando seu passado de necessidades e de lutas diante dos atrativos do poder; que lhe cega a visão. Entregam à população as sobras, o resto, e consideram que a maioria seja incapaz de raciocinar a respeito de semelhante conduta.
Mas a vida não esquece os dramas perpetrados pela insensatez humana. O povo chora e sofre na esperança de uma vida melhor.
E os cristãos? Formam bancadas no parlamento com ramificações para as demais esferas do poder publico, a fim de defender bandeiras e partidos, políticas religiosas e interesses mesquinhos. Esquecem-se de que o Cristo outorgou-lhes um poder temporário para que administrem os interesses de seus filhos tão sofridos. Precisamos compreender que o maior de todos é aquele que serve a todos, e não o que é servido.
Compaixão! É por ela que clama toda a gente. Só inspiraremos as pessoas a sorrir quando trabalhamos diariamente para que o povo tenha o mínimo de dignidade e alcance um padrão de vida que faça os mais fracos se sentirem dignos, que resgate a dignidade e alcance um padrão de vida que faça os mais fracos se sentirem dignos, que resgate a dignidade daqueles que já perderam a esperança no ser humano.
Ah! Como é duro ver corações desesperados que perderam a fé no ser humano e na vida. Em minhas caminhadas pelo mundo, vi olhos vitrificados pela fome de justiça; presenciei pessoas morrendo de sede de água e de bondade. E vi cristãos, muitos cristãos, dando receitas de paz para os outros seguirem, a cruzar o braços para não se misturar ou se contaminar com a miséria alheia.
Nem um sorriso para os desesperados, nem uma luz de esperança para os aflitos; apenas promessas e orações decoradas, frases rabiscadas em pedaços de papel e entregues a quem não sabe ler. Pois é! A maioria não recebeu sequer a educação básica e não sabe ler; não aprendeu a raciocinar e é como um bando de cegos, guiados por outros cegos – os políticos dos gabinetes e os políticos do cristianismo, que pensam poder construir um mundo novo sem se envolver com o povo.
Creio sinceramente que precisamos deixar de lado os arremedos de santidade e cristandade e tomar da enxada e da vassoura em nossas mãos, indo ao encontro daqueles que dizemos querer ajudar. Uma ação vale muito mais que milhares de palavras bonitas e ditas nas tribunas do orgulho humano.
Ainda quero ver os cristãos deixarem de lado sua pompa, suas ave-marias e ladainhas e saírem pelas ruas numa procissão diferente, colocando em pratica o que o Evangelho há 2 mil anos. Pessoalmente, entendo, que transcorridos esses dois milênios de historia cristã, o que a religião produziu de melhor foram crianças espirituais, paralíticos do espírito que pensam agradas a Jesus com palavras vazias e promessas vãs.
Levemos o sorriso verdadeiro; inspiremos o sorrir, e não as risadas de desespero naqueles que esperam de nós uma só migalha daquilo que estudamos e aprendemos nas missas, nos cultos e nas reuniões de estudo do Evangelho. Apenas uma migalha, mas bem administrada, vivida, será capaz de transformar o panorama do mundo e despertar esperança nos corações dos que sofrem.
Uma noite eu tive um sonho, no qual via Jesus descendo dos céus em direção à Terra, enquanto os cristãos sonhavam em subir para os portais do paraíso. Em meu sonho perguntei ao Nosso Senhor aonde ele ia, ao que me respondeu:
-Fazer aquilo que meus seguidores não fizeram, Teresa.
-O que seus seguidores não fizeram, meu Senhor? – tornei a perguntar.
E ele, com lagrimas nos olhos, disse-me:
-Levedar a massa com os princípios do Evangelho. Vou procurar as multidões, os famintos de Deus e de justiça; andarei pelas ruas do desespero e caminharei nas vielas da angustia e da solidão. Enquanto isso, meus seguidores descansam no paraíso ilusório de suas moradas e no cárcere de suas consciências hipnotizadas pelos conceitos forjado de uma filosofia anticristã.
Senti vergonha da situação e desde então tenho me dedicado a visitar os mais pobres e os desesperados, na esperança de despertar um sorriso verdadeiro naqueles que tem sede de Deus. Estou até hoje na luta com aqueles que estão cansados e sofrer. Se eu notar que não posso fazer mais nada por algum deles, abraço-os e transmito-lhes um sorriso. Rezo baixinho para que, algum dia, a política humana se transforme numa política divina e para que os cristãos tenham mais coragem de se expor; em vez de ficarem brigando para ver quem tem direito a um pedaço maior do céu ou esperando o mundo acabar para se verem livres da obrigação de fazer alguma coisa em prol daqueles que sofrem. Preferem transferir toda a responsabilidade a Deus – que Ele faça tudo! -, para que eles, os cristãos, descansem em paz, vitimas da ilusão de suas consciências que estão embriagadas com as lagrimas dos convidados de Jesus.
TEXTO EXTRAÍDO DO LIVRO: A FORÇA ETERNA DO AMOR POR TERESA DE CALCUTÁ E pelas mãos de Robson Pinheiro
http://www.youtube.com/watch?v=KOy8ZC420Xw

Nenhum comentário:

Postar um comentário