segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A IMPORTÂNCIA DO SONO - parte II

1.6 O bom sono> Segundo o médico Sérgio Tukif, diretor do Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo o mais importante e a qualidade do sono e não o numero de horas dormidas. Uma boa noite de sono depende de ter todas as fases do sono na quantidade certa. Se não passarmos por todas elas, de maneira adequada, podemos dormir muitas horas sem nos beneficiarmos devidamente.

Podemos ter um bom sono se aprendermos a nos disciplinar. Para isso sugerimos alguns cuidados simples, que poderão nos ajudar bastante:

-Termos um horário regular para dormir e despertar;

-Irmos para a cama somente na hora de dormir;

-Mantermos o ambiente saudável, sem discussões, evitando conversas sobre assuntos que poderão nos impressionar, selecionando o lazer da televisão abstendo-nos de programas ou noticias sobre violência.

-Não fazermos uso de álcool, principalmente próximo ao horário de dormir;

-Não tomarmos medicamentos para dormir, sem prescrição medica;

-Moderarmos o consumo de café, chá e refrigerante;

-Praticarmos atividade física em horários adequados e distanciados da hora de dormir;

-Jantarmos moderadamente em horário regular e adequado;

-Esforçar-nos para nos desligarmos dos problemas do dia, evitando levá-los para a cama;

-Termos como habito ler em voz alta um trecho de “O Evangelho Segundo o Espiritismo” e meditarmos sobre o que lemos;

-Sintonizarmos com Jesus e os seus mensageiros de luz, através da prece.

Achamos por bem e para nossa maior compreensão fazer este breve estudo que fizemos a respeito do sono, e mais ainda tentarmos entender o que os dois maiores psicanalistas de toda a história e estudiosos diziam a respeito do assunto ainda na década de 1900. Não podíamos deixar de citar e claro, estudar o fundador digamos assim, dos estudos acerca dos sonhos, algo que até então não era base de nenhum estudo, Sigmund Freud e posteriormente seu seguidor Carl Jung. Vejamos:

1.7 Os sonhos na visão de Freud> O ser humano sonha desde os tempos pré-históricos, mas foi a partir de 1900 e com o livro “A interpretação dos sonhos”, de Sigmund Freud que o sonho passou a ser objeto de estudo científico.

Freud defendia a idéia de que os sonhos refletiam a experiência inconsciente. Ele teorizou que o pensamento, durante o sono, tende a ser primitivo ou regressivo e que os efeitos da repressão são reduzidos. Para ele, os desejos reprimidos, particularmente aqueles associados ao sexo e a hostilidade, eram liberados nos sonhos quando a consciência era diminuída. Para Freud, o sonho possui duas funções básicas: proteger o sono e realizar um desejo.

1.8 Os sonhos na visão de Jung> Os estudos de Carl Jung o levaram a retificar a teoria psicanalítica. Ele discordou que o inconsciente fosse um produto das atividades do consciente.

Jung acredita que o inconsciente é anterior ao consciente, tanto na existência individual como na evolução do gênero humano. Defende que existe em cada ser humano um conjunto de conteúdos inconscientes, comum a todos os seres humanos, que denominou inconsciente coletivo. Nesse conjunto de conteúdos, segundo ele, há os arquétipos. Nos sonhos os arquétipos são representados como figuras mitológicas, símbolos das transformações que acontecem no psiquismo.

A partir de Jung o estudo dos sonhos demonstrou que o inconsciente se utiliza dos sonhos como meio de se comunicar com o ego. Acreditava que o sonho “é o que é”,refletindo exatamente o que expressa.

Os sonhos na visão espírita> O Espiritismo define o sonho como resultado de atividades do Espírito, liberto do corpo físico. O sonho e mais do que o produto de processos mentais, e recordação de atividades realizadas no mundo espiritual, no período do sono.

E por meio do sonho que o Espírito se liberta parcialmente do aprisionamento ao corpo somático, que a encarnação lhe impõe.

A questão 403 dos Livros dos Espíritos ratifica isso:

Como podemos julgar a liberdade do Espírito, durante o sono?

Pelos sonhos.

Para o Espiritismo, o sonho também satisfaz impulsos e é uma expressão do estilo de vida, com uma grande diferença: a de não se processar só no plano mental, mas ser uma experiência genuína do Espírito, que se passa num mundo real e com situações concretas.

O Espírito, como dissemos, livre temporariamente dos laços orgânicos empreende atividades noturnas, que se caracterizarão de acordo com as tendências de cada um, podendo vir a ser apenas a satisfação de baixos impulsos, ou preciosas oportunidades de trabalho e aprendizado.

A interpretação dos sonhos> Interpretar sonhos não é tarefa fácil.

Os manuais existentes, baseados unicamente na simbologia, não são fidedignos, pois consideram somente os símbolos oníricos.

Para interpretar sonhos é preciso ter conhecimento da situação real da vida do sonhados, saber o que ele está vivenciando e em que circunstâncias, além de conhecer sua história de vida. Ainda e necessário que se tenha uma ampla cultura, principalmente de História Geral, abrangendo a Mitologia porque o sonho traz elementos míticos referentes a diversas épocas da humanidade. A estas condições é necessário ainda juntar a intuição, no sentido de apreender o desconhecido de forma imediata e completa.

Diz Jung: “Não é preciso um sexto sentido para entender os sonhos, mas exige-se algo mais do que esquemas vazios, como os que se encontram nas coleções vulgares de sonhos, ou aqueles que se desenvolvem quase sempre sob a influência de idéias preconcebidas. Devem se evitar interpretações estereotipadas de motivos oníricos; justificam-se apenas as interpretações especificas as quais se chega pelo exame acurado do contexto”

Tipos de sonhos

Sonhos do subconsciente> São reproduções de pensamentos, idéias e impressões que afetam nossa mente na vigília; fatos comuns da vida normal, que se registram nos encaminhos da memória e que, durante o sono, continuam a preocupar o Espírito, com maior ou menos intensidade. Esses elementos, subindo do subconsciente, uns puxam os outros, se pode assim dizer, e formam verdadeiros enredos, com reminiscências presentes e passadas, tornando tais sonhos quase sempre de difícil compreensão, justamente por serem confusos, complexos, extravagantes.

Nesses sonhos do subconsciente, entram também outros fatores, como sejam o temperamento imaginativo ou emocional do individuo, seus recalques, mormente os de natureza sexual, perturbações fisiológicas momentâneas, etc. Os dormentes, nesses sonhos somente vêem quadros formados em sua própria mente subconsciente, porque tais sonhos são unicamente auto-produtos mentais inferiores.

Sonhos reais> Enquanto o corpo físico repousa, o Espírito passa a agir no plano espiritual, no qual terá maior ou menos liberdade de ação, segundo sua própria condição evolutiva; uns se conduzem livremente, outros ficam na dependência de terceiros, mas todos são atraídos para lugares que lhes sejam afins ou correspondentes.

Pois, justamente aquilo que vê, ouve ou sente, os contatos que faz com pessoas ou coisas desses lugares ou esferas de ação, é que constituem os sonhos reais que, como bem se compreende, não são mais elaborações da mente subconsciente individual, mas sim perfeitas visões, diretas e objetivas, desses mundos; verdadeiros desdobramentos, exteriorizações involuntárias do Espírito.

Os encarnados, sujeitos como são as leis que regem o plano material, delas não se libertam senão com o desencarne e, por isso, mesmo quando exteriorizados durante o sono, as leis prevalecem, mantendo os véus de obscuridade vibratória entre os dois mundos.

Essa é a razão porque os sonhos, mesmos os reais, são normalmente indistintos, nebulosos, de difícil recordação. Por isso, também, e quando há necessidade de obviar a esse estado de coisas, fazendo com que os sonhos sejam mais facilmente recordáveis, os agentes do invisível lançam na mente do adormecido poderosas sugestões, facilmente transformáveis, ao despertar, em imagens mentais alegóricas representativas dos ensinamentos, advertências ou experiências que o dormente deve recordar.

Costumam, também, conduzir o adormecido a regiões ou instituições do espaço, proporcionando-lhe contatos e experiências necessárias ao seu aprendizado espiritual, dos quais a recordação, pelo referido processo, sempre de alguma forma permanece.

E se isso acontece em relação aos Espíritos bons, também sucede com os maus que, valendo-se da lei das afinidades vibratórias, apoderam-se dos dormentes e os carregam para seus antros, inoculando-lhes ou alimentando em suas mentes desprotegidas, idéias ou tendências maléficas.

Os médiuns, pois, que se guardem dessas infelizes possibilidades, purificando-se em corpo e espírito, para que sua tonalidade vibratória se eleve e orando e vigiando como o Divino Mestre recomendou.

Conforme, porém, seu desenvolvimento espiritual, pode o Espírito, assim desdobrado, viajar em várias regiões etéreas, vê-las e compreendê-las; instruir-se, penetrar acontecimentos passados ou futuros, do setor dos chamados sonhos simbólicos ou proféticos.

Nesse mundo diferente, no qual ingressamos diariamente, muita coisa está a nossa disposição, como auxílio ao nosso esforço evolutivo; material de estudo, elementos de investigação, contatos reparadores, conselhos e instruções de amigos desencarnados ou não, e de instrutores espirituais.

O que é necessário, é que tenhamos durante esses sonhos relativa consciência do que se passa, e isso só podemos normalmente conseguir, por meio de continuados exercícios de auto-sugestionamento e disciplinamento da vontade, que devem ser feitos diariamente, antes de adormecer e em prévio entendimento com o guia espiritual.

Poucos são os que, ao despertar, se recordam dessa vida esquisita que viveram durante o sono. Em geral, só nos recordamos do último sonho, o que antecedeu o despertar e, esse mesmo, é logo varrido da memória com a interferência brutal dos acontecimentos materiais imediatos.

No livro“Os Mensageiros” de André Luiz, referindo-se aos encontros que se dão durante o sono, acrescenta: “Estas ocorrências, nos círculos da crosta, dão-se aos milhares, todas as noites. Com a maioria de irmãos encarnados, o sonho apenas reflete perturbações fisiológicas ou sentimentais a que se entregam; entretanto, existe grande número de pessoas que com mais ou menos precisão, estão aptas a desenvolver este intercâmbio espiritual”.

Assim sendo, e de suma importância que busquemos maiores estudos acerca dos sonhos, e mais especificamente sobre o nosso sono. E importante que tenhamos esta visão que o nosso espírito esta sempre em constante movimento, mesmo com o nosso corpo descansando, diria que neste momento e que os espírito trabalha ainda mais.

Ainda de acordo com o que André Luiz nos traz, e necessário que façamos as nossas orações antes de nos deitarmos, além de ter todos aqueles outros cuidados que já nos foram citados anteriormente para que tenhamos uma boa noite de sono e, ainda mais importante que isso que o nosso Espírito tenha ainda mais esclarecimento e sabedoria, e claro quando possível sermos instrumentos de trabalho no Plano Espiritual.

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