domingo, 5 de fevereiro de 2012

A IMPORTÂNCIA DO SONO - parte I



             Tudo no mundo dorme, seres e coisas, pelo menos aparentemente. Um terço de nossa vida, no mínimo, passamos a dormir.

Enquanto é dia e sob a influência do Sol, cuja luz destrói as emanações fluídicas maléficas, predomina o dinamismo das forças materiais, regidas pela inteligência; mas, quando o Sol se vai cai a noite, passam a imperar as forças negativas da astralidade inferior e o corpo humano adormece, então, sob seu domínio.

Existem laboratórios no mundo todo onde se pesquisam os aspectos fisiológicos e psicológicos do sono.

Através da utilização de técnicas padronizadas e do uso de aparelhos é possível se fazer um registro das ondas cerebrais – pelo eletroencefalograma, dos movimentos dos olhos – pelo eletro-oculograma e da tensão muscular – pelo eletromiograma. Nestas pesquisas é feito também o controle do ambiente por câmaras de televisão e medidores diversos. Dá-se ênfase a estes estudos em virtude da importância do sono na vida humana.

Várias funções são atribuídas ao sono. A hipótese mais simples é a de que se destina a recuperação de um possível debito energético ocorrido no organismo durante a vigília, além disso, acredita-se que, pelo sono, ocorra a manutenção da homeostase – tendência a estabilidade do meio interno do organismo, dos neurotransmissores envolvidos no ciclo sono-vigilia, sedimentação da memória, temorregulacao, entre outras.

O Espiritismo vê o sono como uma necessidade para o corpo e para a alma. A ligação entre o Espírito e o corpo é temporária e este, sempre que possível busca libertar-se, pois o corpo limita suas possibilidades.

“O Livro dos Espíritos” nas questões 400 e 402 é muito claro, quanto a estas necessidades

400>O Espírito encarnado permanece de bom grado no seu envoltório corporal?

É como perguntar se ao encarcerado agrada o cárcere. O Espírito aspira sempre a sua libertação e tanto mais deseja ver-se livre do seu invólucro, quanto mais grosseiro é este.

401> Durante o sono a alma repousa como o corpo?

Não, o Espírito jamais está inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços entre o corpo e Espírito e, ele se lança pelo espaço e entra em relação com os outros Espíritos sintonizados por ele.

O sono é comparado a morte, uma morte vivida todos os dias, pois quando dorme, o ser humano fica, por algum tempo, no estado em que permanecerá depois do desencarne.

O sono é um recurso para que o Espírito suporte o constrangimento encarnatório.

           1.1 As ondas cerebrais> Para entendermos com facilidade o processo do sono é necessário falarmos sobre as ondas cerebrais. Estas geralmente,são classificadas segundo a sua freqüência, sendo nomeadas como: alfa, beta, teta e delta. São ondas tipo HZ.

HZ é uma unidade de medida de freqüência com um ciclo por segundo, descoberta pelo físico alemão Henrich Hertz.

Ondas delta tem freqüência menos que 3,5 HZ, as ondas teta apresentam freqüência de 04 a 07 HZ, alfa de 08 a 13 HZ e beta de 14 a 25 HZ.
1.2 Pré-sono> o cérebro da pessoa que se deita para dormir emite ondas beta. Nesse período os olhos se movimentam intensamente e os músculos do organismo estão tensos.

Após um breve lapso de tempo, quando o organismo relaxa, o cérebro passa a emitir ondas alfa.

1.3 Primeiro estágio> Decorridos cerca de 10 minutos há uma diminuição dos movimentos oculares, o que sinaliza o início do sono ou “estágio 1”, onde há uma redução das ondas alfa e o aparecimento de ondas de freqüência mistas, especialmente ondas teta.

Se a pessoa é acordada nesse momento irá relatar a sensação de estar flutuando, alegará também que não estava dormindo ou que estava quase dormindo. Poderá lembrar de sonhos curtos. Neste estágio, que dura de um a sete minutos, a reação aos estímulos exteriores diminui.

E neste período que o Espírito começa a desligar-se do corpo físico. A sensação de estar flutuando retrata isso.

1.4 Segundo estágio> Neste estágio aparecem as ondas chamadas de complexos-k. É difícil acordar a pessoa neste estágio e, se isso ocorrer, dirá que estava dormindo.

Este período dura entre dez e vinte minutos. É denominado de N-REM, ou seja, não ocorrem movimentos rápidos dos olhos. É considerado um estado de sono mais profundo, onde aparecem as ondas delta.

Nesta fase do sono, o Espírito encontra-se em estado de torpor, completamente desdobrado, algumas vezes ainda flutuando sobre o corpo ou ao lado dele, como um sonâmbulo.

1.5 O sono REM> A sigla REM significa em inglês “rapid-eye moviments” ou seja, movimento rápido dos olhos.

Os sinais do sono REM aparecem de oitenta a cento e vinte minutos após o estágio 1é curta e dura entre um e cinco minutos.

O ritmo cardíaco, antes moderado, se altera e a respiração, antes vagarosa, se acelera. A pressão sanguínea atinge um nível médio elevado. Há maior produção de adrenalina e mais consumo de oxigênio. Os músculos ficam paralisados e flácidos.

Se a pessoa for acordada antes de entrar nesta fase ficara com a sensação de não ter descansado.

Os estágios do sono não são rigidamente demarcados. Acontece de eventos próprios de um estado emergirem em outro, em pulsões inesperadas.

Com alternância entre estágios N-REM e REM, existem cerca de cinco períodos REM por noite. Os sonhos são característicos do estágio REM.

Na fase REM o Espírito, com os laços fluídicos, que o unem ao corpo, afrouxados, goza de sensação de total liberdade e vive experiências no mundo espiritual. O cérebro reflete os padrões emocionais destas vivências...


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