quarta-feira, 16 de maio de 2012

A multiplicação dos pães!

“E tomando os cinco pães e os dois peixes, e olhando para o céu, abençoou-os. E partiu-os, e deu-os aos seus discípulos para os porem diante da multidão. E comeram todos (quase cinco mil homens) e saciaram-se e levantarm do que lhe sobejou, doze cestos de pedaços” (Lucas, 9:16-17)
Os homens sempre foram e são profundamente imediatistas. Buscam ante as coisas de consequências rápidas, que geralmente são transitórias, em detrimento daquelas que vem em longo prazo, mas que são de efeito permanente.
Jesus Cristo, a fim de atrair multidões e poder, entre elas distribuir os seus ensinamentos imorredouros, teve necessidade de produzir uma serie de curas materiais. Essa pratica fez com que a sua fama se propagasse e ele pudesse reunir um grupo apreciável de pessoas, levando-o a um monte, como foi o caso dos cinco mil homens descritos pelo Evangelista Lucas, lançando então a semente generosa da sua Doutrina.
É obvio que o Mestre não veio desempenhar a sua árdua e gloriosa missão entre nós para levantar alguns paralíticos, fazer alguns cegos recobrarem a visão e expulsar alguns Espíritos obsessores que assediavam alguns homens ou mulheres, ou mesmo operar curas de outras enfermidades, fatos esses que foram qualificados como miraculosos.
Jesus Cristo é o medico das almas e veio entre nós para uma missão muito mais relevante: a cura da alma, a cura permanente, o que e processará através da assimilação de sua Doutrina de luz e de verdade.
Cinco mil pessoas acompanharam o Mestre e receberam, em profusão, o pão do céu – o pão generoso com o qual o Cristo buscava saciar toda a fome de conhecimento, entretanto o evangelista Lucas afirma que sobejaram doze cestos de pedaços.
O Mestre ensinou a sua Doutrina a cinco mil pessoas que o seguiam mais por causa das curas materiais que ele produzia do que propriamente por causa das curas de ordem espiritual que ele distribuía. No entanto, apenas os doze apóstolos conseguiram reter alguns dos seus ensinamentos. Alguns pedaços dos seus ensinamentos, que encheram os “cestos” dos seus corações.
João, em seu Evangelho, afirma que, quando todos estavam saciados, asseverou Jesus aos seus apóstolos: “Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca. Recolheram-nos, pois, e encheram doze cestos de pedaços (João, 6:12-13) e mais adiante proclama, traduzindo as palavras de Jesus: “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do Homes vos dará; porque a este o Pai, Deus, o selou”.- “Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá fome” (João, 6:27 e 35).
A comida que permanece para a vida eterna é assimilação dos ensinamentos que levam à reforma intima, pois quem se reforma intimamente, compenetrando-se das leis do amor, nunca mais terá fome.
Os cinco mil homens, que acompanharam o Mestre, cogitavam apenas das curas miraculosas, e quase nada retiveram dos seus ensinamentos. Os doze apóstolos, que o Mestre definiu como doze cestos, retiveram partículas de ensinamentos, enchendo, “doze cestos de pedaços”, pedaços da verdade, uma vez que ninguém estava em condições de absorver a verdade em toda a sua plenitude.
Também Mates corrobora a afirmação de Lucas de que sobejaram doze cestos cheios de pedaços (Mateus, 14:20), deixando entrever nas entrelinhas que a quase totalidade daqueles que seguiam o Mestre, cogitavam mais da “comida que perece”, embora, mesmo assim, o Nazareno tenha feito a sua semeadura, que mais cedo ou mais tarde passaria a produzir frutos sazonados, suscetíveis de alimentar espiritualmente todas aquelas almas sequiosas de paz, de saúde e de dias melhores.
Fonte> Livro Os padrões Evangélicos de Paulo Alves Godoy FEESP;

Nenhum comentário:

Postar um comentário